quarta-feira, 4 de junho de 2014

A ARTE DE MENTIR NA IMPRENSA – EDINHO, O INOCENTE

JM Cunha Santos

Uma parte da imprensa esperou até que Edinho Lobão conseguisse um “Nada Consta” da Justiça Federal – não seria fácil um “Tudo Consta” - para disparar textos e manchetes que dão a entender que Edinho Lobão nunca foi condenado. Aliás, que nunca cometeu o crime tipificado no artigo 183 da Lei das Telecomunicações, que tudo não passou de uma invenção de Flávio Dino e do PC do B. Ora, o crime prescreveu, portanto é óbvio que nada mais consta. Mas que ele foi condenado, foi. E nem se deu ao trabalho de reivindicar sua inocência, apelou para a prescrição.  
Coisas do tipo “Certidão da Justiça Desmente Factóide do PC do B” e mais uma enrolada semântica que mistura o crime e a condenação com a Lei da Ficha Limpa. Ora, ninguém na imprensa disse que Edinho foi condenado com base na Lei da Ficha Limpa. Ele ainda não foi nem processado. Assim como não foi condenado na história da sonegação de impostos da Belmar e da Itumar, nem foi condenado na acusação de que exigia 30 por cento para liberar pagamentos durante o governo de seu pai. Mas foi condenado por desenvolver clandestinamente atividades de telecomunicações, conforme o já citado artigo 183.
E tem o uso belzebúlico (depois eu explico o que é isso) das providenciais (para Edinho Lobão) declarações do advogado Antônio Pedrosa para engordar a mentira produzida com objetivo de transformar Edinho num anjo de candura, vítima inocente dos algozes que temem perder para ele uma eleição. Embora indiquem todas as pesquisas que ninguém no Maranhão quer ele eleito.
Se de alguma forma eu duvidava, não duvido mais. Mentir na imprensa é uma arte. Eu estou realmente impressionado. Essa gente mentindo é melhor do que Salvador Dalí pintando, mais competente que Drummond escrevendo poemas. Parecem inapelavelmente verdadeiros.  
Só falta, é claro, a Certidão.

Um comentário:

  1. Oz Plutan Vlaskoviskonovisk4 de junho de 2014 às 20:48

    Meu caro jornalista, tentar inocentar Edinho 30 %, é o mesmo que c... É cheiroso. Concorda?




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