Seria
bom quebrar os sigilos de algumas contas, pois se, como julga o povo, há
interesses políticos comandando essa greve...
JM
Cunha Santos
O
que mais se ouve falar hoje nesta cidade é sobre a existência de interesses
políticos por trás da greve de transportes coletivos, em virtude da
intransigência de empresários que exigem aumento de passagem e mais R$ 4
milhões para conceder um reajuste de 11 % aos motoristas, cobradores e fiscais.
É
essa a principal conversa nos corredores políticos e o principal tema defendido
por ouvintes em programas de rádio AM.
Atendendo
a interpelação judicial da Prefeitura Municipal de São Luís, o Tribunal Regional
do Trabalho decretou a greve ilegal, o que ocasiona multa diária de R$ 100 mil
para o Sindicato dos Rodoviários. Tomou também duas decisões muito sérias com
relação à paralisação. Uma delas é a instauração de inquérito civil e criminal,
a outra é a investigação da realidade contábil do contrato de concessão da
Prefeitura com as empresas de transportes coletivos.
Quanto
ao inquérito criminal, alertamos os rodoviários que no Brasil diretor de
sindicato patronal não vai preso; se sobrar cadeia, sobra para motoristas,
cobradores, diretores do sindicato dos rodoviários.
No
que tange à investigação contábil, seria bom quebrar o sigilo de algumas
contas, inclusive particulares, pois se interesses políticos estão por trás da
greve nada impede que seus custos nominais estejam sendo pagos por debaixo dos
panos e até que pessoas estejam sendo corrompidas para manter indefinidamente a
paralisação.
Se
estivessem tão pobres como dizem, os empresários não suportariam tantos dias
sem ver um centavo rolar naquelas máquinas de fazer dinheiro que eles chamam de
catracas.
Em
greve de rodoviários os primeiros prejudicados costumam ser os proprietários
das empresas de transportes coletivos. E em greves normais são eles que pedem a
decretação da ilegalidade. Mas neste caso, a intransigência dos empresários
demonstra que não estão nem um pouco incomodados com prejuízos.
Alguém
com muito interesse político pode estar pagando os prejuízos dessa greve. Dinheiro
não falta.
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