JM
Cunha Santos
Sempre
estive na vanguarda da defesa do Ministério Público, mas sou, agora, obrigado a
me render aos que nele observam um impressionante tratamento das questões com
dois pesos e duas medidas.
O
MP vai acionar o prefeito de São Luís pela crise no Sistema de Transportes. E é
claro que isso nada tem a ver com o fato da nomeação da Procuradora Geral de
Justiça depender das tintas da caneta da governadora do Estado.
Que
cumpra o Ministério Público a sua obrigação e que se defenda o prefeito de São
Luís.
Mas
eu preciso perguntar: Porque o governo do Estado não foi acionado por deixar
crianças sem transporte escolar colocando, inclusive, suas vidas em risco?
Que
medidas efetivas foram tomadas no caso de oito crianças brutalmente mortas em
Bacuri, num acidente que poderia ter sido evitado quando, comprovadamente, o
governo do Estado dispunha de mais de 70 ônibus escolares, guardados sabe-se
Deus para quê? E com a agravante de que foram distribuídos logo assim que foram
encontrados e nenhum deles jamais chegou ao município de Bacuri?
Será
que eu e tantos outros erramos e, no final, o deputado Lourival Mendes tinha razão
com a PEC com que tentou tirar poderes do MP.
O
Estado não vai pagar pelas mortes das crianças de Bacuri?
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