segunda-feira, 2 de junho de 2014

ESTRANHO MINISTÉRIO PÚBLICO

JM Cunha Santos




Sempre estive na vanguarda da defesa do Ministério Público, mas sou, agora, obrigado a me render aos que nele observam um impressionante tratamento das questões com dois pesos e duas medidas.
O MP vai acionar o prefeito de São Luís pela crise no Sistema de Transportes. E é claro que isso nada tem a ver com o fato da nomeação da Procuradora Geral de Justiça depender das tintas da caneta da governadora do Estado.
Que cumpra o Ministério Público a sua obrigação e que se defenda o prefeito de São Luís.
Mas eu preciso perguntar: Porque o governo do Estado não foi acionado por deixar crianças sem transporte escolar colocando, inclusive, suas vidas em risco?
Que medidas efetivas foram tomadas no caso de oito crianças brutalmente mortas em Bacuri, num acidente que poderia ter sido evitado quando, comprovadamente, o governo do Estado dispunha de mais de 70 ônibus escolares, guardados sabe-se Deus para quê? E com a agravante de que foram distribuídos logo assim que foram encontrados e nenhum deles jamais chegou ao município de Bacuri?
Será que eu e tantos outros erramos e, no final, o deputado Lourival Mendes tinha razão com a PEC com que tentou tirar poderes do MP.
O Estado não vai pagar pelas mortes das crianças de Bacuri?

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