Da Agência Brasil
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| Doleiro Alberto Youssef |
A Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras aprovou hoje (16) a quebra
dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático (referente a comunicações
eletrônicas) do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da companhia Paulo
Roberto Costa – ambos acusados no processo referente à Operação Lava Jato, da
Polícia Federal. A CPMI aprovou ainda a quebra de sigilo das filhas e dos
genros de Costa, respectivamente Ariana Azevedo Costa Bachmann, Shanni Azevedo
Costa Bachmann, Humberto Sampaio de Mesquita e Márcio Lewkowicz.
As filhas e os
genros de Costa também serão convocados para depor na CPMI, conforme
requerimento aprovado hoje. Eles estão sendo indiciados por ter retirado
documentos e dinheiro de um escritório pertencente ao ex-diretor da Petrobras
no mesmo dia em que ele foi preso, o que representaria obstrução das
investigações, conforme denúncia aceita pela Justiça.
A CPMI aprovou
ainda a quebra de sigilo de diversas empresas relacionadas pela Polícia Federal
na operação e apontadas como parte do esquema de lavagem de dinheiro no qual
Costa e Youssef são acusados de ter movimentado mais de R$ 10 bilhões. Entre as
empresas, estão a Costa Global, de onde a família de Costa retirou os
documentos no dia que a Lava Jato foi deflagrada, a MO Consultoria e Laudos
Estatísticos e a Quality Holding Participações e Investimentos.
A convocação dessas
pessoas foi aprovada em votação simbólica, mas o presidente da CPMI, senador
Vital do Rêgo (PMDB-PB), optou por fazer as votações de quebra de sigilo nominalmente
para evitar questionamentos judiciais posteriores. Todos os 16 parlamentares
votantes, de governo e oposição, foram favoráveis aos requerimentos.
Ao todo, cerca de
80 requerimentos foram aprovados nesta quarta-feira, entre os quais pedidos de
acesso a outros documentos, como processos da Petrobras no Tribunal de Contas
da União (TCU) e notas taquigráficas das reuniões do conselho deliberativo da companhia.
Foram rejeitados dois requerimentos. Um pedia acesso a processos no Superior
Tribunal de Justiça que tratam da troca de ativos entre a Petrobras e a
companhia ibero-argentina Repsol, referentes à Refinaria de Bahía Blanca. O
outro pedia cópia de apólices de seguro e documentos referentes ao acidente com
a Plataforma P-36.
Nora redação –
Alberto Youssef foi preso em São Luís, depois de muitas idas e vindas ao
Maranhão. Seu nome apareceu entre malas pretas e no pagamento de precatórios
devidos pelo governo à empresa Constran. Vem bomba por aí.

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