JM
Cunha Santos
Ana do Gás |
E
a Ana do Gás se tornou o inimigo público número 1 da classe política. Governo,
oposição, esquerda, ultra-esquerda, direita, extrema-direita, todo aquele que
se sente pouco gaseificado, ou seja, sem fôlego financeiro nessa campanha,
ataca a candidata de Santo Antônio dos Lopes. O gás natural que ela usa na
campanha, está, de fato, provocando muita turbulência e, em alguns casos, até
explosões.
Como
o gás não tem forma nem volume definidos, ficou fácil para Ana do Gás invadir
redutos alheios sem ser percebida. Quando sentiram o cheiro do butano já era
tarde. E só puderam exclamar, decepcionados: “Ana do Gás esteve aqui”. Alias,
essa é a frase mais pronunciada por candidatos que voltam da porta de velhos
aliados políticos: “Ana do Gás esteve aqui”.
A
falta de gás sempre foi um problema sério. Disseram outro dia que para
compensar a falta de gás um senador andou soltando puns num comício. O metano
senatorial, no entanto, se revelou muito viscoso e mau- cheiroso, a ponto de
afastar os eleitores. Bem diferente dos gases nobres que a Ana usa para conseguir
apoio à sua candidatura.
Acusam
a Ana de usar o gás para preencher recipientes antigos, principalmente cofres
vazios de cabos eleitorais alheios. Dizem que ela espalha gás com muita
facilidade, inclusive gases tóxicos, asfixiantes e alucinatórios que levam
prefeitos e chefes políticos a votarem nela sem mais discussões. Sendo o gás um
produto diretamente e inversamente proporcional a quase tudo, o gás da Ana anda
derrubando candidaturas à direita e à esquerda e provocando colisões eleitorais
irreparáveis.
À
falta de gases nobres e com tantos nobres sem gás, sobrou somente o gás da Ana
para turbinar essa eleição. É tanta gente à cata do fluído de Santo Antônio dos
Lopes que a ciumeira é geral. Mas, como explica a teoria cinética, eleição no
Maranhão ganha quem tem gá$.
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