Youssef
atuou no escândalo do Banestado (trinta bilhões de dólares), no escândalo dos
Correios e junto ao governo do Paraná. É um ladrão fino que desde 1990 faz
remessa de dólares a paraísos fiscais para políticos brasileiros. O governo do
Maranhão não sabia disso?
JM
Cunha Santos
Youssef: ladrão fino e dedo duro |
Esse
blog recebeu a informação de que o doleiro Alberto Youssef, a exemplo de sua
contadora, já abriu o bico para a Polícia Federal, já falou inclusive sobre o
esquema de propinas que envolve a
empresa Constran e o governo do Maranhão. E não seria esta a primeira vez que
Youssef se beneficiaria de um acordo de delação premiada para escapar da
prisão.
Youssef
é um ladrão fino, muito conhecido e com atuação privilegiada nos maiores
escândalos de corrupção e evasão de divisas da história recente deste país. O
bandido ganhou confiança da classe política, ainda aos 30 anos, nos idos de
1990, fazendo remessas para paraísos fiscais. Um desses foi o escândalo do
BANESTADO, do Paraná, banco usado para enviar 30 bilhões de dólares para o
exterior através de contas CC5, administradas por Alberto Youssef.
Por
esse crime, Alberto Youssef foi condenado no ano de 2004, a 8 anos de prisão
pela Justiça Federal, mas fez um acordo de delação premiada, admitiu ter
movimentando 5 bilhões de dólares, dedurou todo mundo e se comprometeu a não
mais atuar no mercado de dólar. Voltou a atuar, conforme mostra, agora, a
Operação Lava-Jato.
Alberto
Youssef surgiu depois acompanhando dois depósitos, um de 13,2 milhões de reais
e outro de 39,6 milhões da Companhia Paranaense de Energia. Os depósitos se
referiam à compra de créditos de uma empresa falida, a Óleos e Vegetais Paraná,
em transação autorizada pelo então secretário da Fazenda, Ingo Henrique Hubert.
O
nome de AlbertoYoussef surge de novo anos depois, na CPI dos Correios. Foi
acusado de ser o verdadeiro dono de uma empresa que pagou R$ 1,2 milhão para os
deputados Pedro Henry, Pedro Correa e José Janene.
Alberto
Youssef é, na verdade, um dos homens mais influentes no país quando se trata de
corrupção. O ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte, tem um irmão que
trabalha para ele e é também sócio de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento
da Petrobrás, que se encontra na cadeia.
Para
se livrar da prisão, Alberto Youssef não costuma ter pena do couro de ninguém.
No caso Banestado dedurou os proprietários da Tupi Câmbios, Acaraí, Câmbio
Real, Aspach, Mercer e Armando Santoni. E dedurou que cada diretor do Banestado
recebia 7 mil dólares por quinzena durante esse processo.
Não
tem como um homem desses não ser conhecido pelo governo do Maranhão e pela
diretoria da Constran. Parece que sua fama, motivou sua contratação. Mas
segundo minha fonte, ele já falou. Vamos ver o que mais ainda vem por aí.
Nenhum comentário:
Postar um comentário