quinta-feira, 14 de agosto de 2014

A SITUAÇÃO DO GOVERNO SE COMPLICA. YOUSSEF JÁ ABRIU O BICO

Youssef atuou no escândalo do Banestado (trinta bilhões de dólares), no escândalo dos Correios e junto ao governo do Paraná. É um ladrão fino que desde 1990 faz remessa de dólares a paraísos fiscais para políticos brasileiros. O governo do Maranhão não sabia disso?

JM Cunha Santos

Youssef: ladrão fino e dedo duro
Esse blog recebeu a informação de que o doleiro Alberto Youssef, a exemplo de sua contadora, já abriu o bico para a Polícia Federal, já falou inclusive sobre o esquema de propinas  que envolve a empresa Constran e o governo do Maranhão. E não seria esta a primeira vez que Youssef se beneficiaria de um acordo de delação premiada para escapar da prisão.

Youssef é um ladrão fino, muito conhecido e com atuação privilegiada nos maiores escândalos de corrupção e evasão de divisas da história recente deste país. O bandido ganhou confiança da classe política, ainda aos 30 anos, nos idos de 1990, fazendo remessas para paraísos fiscais. Um desses foi o escândalo do BANESTADO, do Paraná, banco usado para enviar 30 bilhões de dólares para o exterior através de contas CC5, administradas por Alberto Youssef.

Por esse crime, Alberto Youssef foi condenado no ano de 2004, a 8 anos de prisão pela Justiça Federal, mas fez um acordo de delação premiada, admitiu ter movimentando 5 bilhões de dólares, dedurou todo mundo e se comprometeu a não mais atuar no mercado de dólar. Voltou a atuar, conforme mostra, agora, a Operação Lava-Jato.

Alberto Youssef surgiu depois acompanhando dois depósitos, um de 13,2 milhões de reais e outro de 39,6 milhões da Companhia Paranaense de Energia. Os depósitos se referiam à compra de créditos de uma empresa falida, a Óleos e Vegetais Paraná, em transação autorizada pelo então secretário da Fazenda, Ingo Henrique Hubert.

O nome de AlbertoYoussef surge de novo anos depois, na CPI dos Correios. Foi acusado de ser o verdadeiro dono de uma empresa que pagou R$ 1,2 milhão para os deputados Pedro Henry, Pedro Correa e José Janene.

Alberto Youssef é, na verdade, um dos homens mais influentes no país quando se trata de corrupção. O ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte, tem um irmão que trabalha para ele e é também sócio de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, que se encontra na cadeia.

Para se livrar da prisão, Alberto Youssef não costuma ter pena do couro de ninguém. No caso Banestado dedurou os proprietários da Tupi Câmbios, Acaraí, Câmbio Real, Aspach, Mercer e Armando Santoni. E dedurou que cada diretor do Banestado recebia 7 mil dólares por quinzena durante esse processo.

Não tem como um homem desses não ser conhecido pelo governo do Maranhão e pela diretoria da Constran. Parece que sua fama, motivou sua contratação. Mas segundo minha fonte, ele já falou. Vamos ver o que mais ainda vem por aí.

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