Editorial
JP, 13 de agosto
Senador José Sarney |
Sarney
governou, durante o correr de sua vida, o mais longo império político do
Brasil, instalado no Maranhão. Em quase 50 anos de poder, submeteu a quase tudo
e quase todos à sua vontade imperial. Seus tentáculos invadiram e submeteram as
instituições públicas e se assenhoreou do Poder Legislativo e do Poder
Judiciário onde praticamente só se elegeram os que ele quis e só se tornaram
desembargadores os que ele permitiu.
Em
outros tempos, nem mesmo um delegado de polícia era nomeado ou permanecia no
cargo se não se submetesse a esse poder, à vontade do seu grupo político. Se
havia uma eleição na Ordem dos Advogados do Brasil ou no Conselho Regional de
Medicina do Maranhão, por exemplo, perguntavam logo quem era o candidato de
Sarney e era nessa candidatura que todos apostavam. Sarney comprou e corrompeu
partidos políticos, como fez com o PMDB, como fez com o PT mais recentemente.
Até em eleições de associações de moradores esse poder se infiltrou, através de
seus filhos, netos e prepostos.
Dominou
a Câmara Municipal de São Luís a vida toda e domina até hoje. Contra a vontade
do povo, a maioria dos vereadores defende o seu candidato, Edinho Lobão.
É
provável que, mascarado de democracia, nunca tenha existido um domínio tão
onipresente no Brasil. Ficou rico quem Sarney quis, ficou pobre quem ele
ordenou. A aposta para tanto foi o analfabetismo, o atraso, a miséria do povo,
o monopólio dos meios de comunicação, as alianças políticas com Deus e o Diabo,
inclusive, e principalmente com os generais da ditadura militar.
E
o Império durou tanto que apodreceu por dentro. A grande maioria dos que o
seguiram se sentiu no direito de roubar avançar em público, pois sendo
correligionário de Sarney, para todos os efeitos lhes estava garantida a
impunidade. E o Maranhão, como mostram todas essas denúncias quase semanais, se
transformou na Meca da Corrupção, o território livre da improbidade
administrativa, do crime contra o patrimônio público e do crime organizado.
Basta lembrar Nenzim em Barra do Corda, o recente escândalo de Anapurus e Mata
Roma também noticiado pela Globo, a agiotagem política partindo de dentro das
instituições públicas do Estado como exemplo do mal que o poder de Sarney
causou ao Maranhão. E, agora, cúmulo de toda a falta de decência, a notícia de
que bandidos presos pagaram propina ao governo do Maranhão.
Foi
tanto poder que Sarney fez calar um órgão de imprensa nacional, o jornal O
Estado de São Paulo; tanto que cassou um governador obrigando um tribunal
superior a transgredir a lei; tanto que o Império apodreceu e está caindo de
podre. Todo tipo de crime contra a administração pública parece estar sendo
cometido, dia e noite, no Maranhão. Todas as notícias relativas a esse Estado
tratam de um único assunto: corrupção, corrupção e mais corrupção.
Para
quem se arvora de escritor e um dia tentou ser poeta é a forma mais ridícula de
se despedir da vida pública. Como uma figura extremamente negativa aos olhos de
toda a Nação.
ATENÇAO! Download do vídeo resposta para @flaviodino AQUI –> http://www.mediafire.com/download/56udzggscd5hoy0/resposta_rap.mp4
ResponderExcluir#RAP #RESPOSTA #LOBAOFILHO
Sarney foi tudo e é o que não quer ser. Um escritor medíocre, quem diz é a imprensa do sul do País, a imprensa internacional tmb. Esse é seu maior desgosto, não ser reconhecido como um grande escritor, como os seus conterrâneos, essa é sua grande mágoa, seu grande desgosto, ninguém pode ser tudo, chora Sarney...
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