JM
Cunha Santos
Cheira
mesmo a coisa de advogado do diabo, essa surpreendente confissão do crime que
ceifou a vida do advogado do senador eleito Roberto Rocha, Brunno Eduardo Matos
Soares, a mais pungente tragédia da eleição de 2014, pelo vigilante João Gomes.
É espantoso como se engendram armações desse tipo para proteger membros de
famílias importantes no Maranhão.
Levar
um inocente ao cadafalso para proteger ricaços tocados por uma fúria impiedosa
e que, em nome sabe Deus de que tipo de reações, matam seus semelhantes a
facadas, é um crime inominável. O advogado Adiah Martões não tem apenas que
devolver o dinheiro pago pelo vigilante João Gomes; sua carteira tem que ser
cassada, o mais rápido possível, pela Ordem dos Advogados do Brasil (MA). O
crime que ele comete é tão grotesco quanto o assassinato cometido por Marão.
Valer-se
da pobreza e desconhecimento de um inocente na intenção de enfiá-lo anos
sucessivos na cadeia, protegendo, assim, o verdadeiro assassino e usando para
tanto de conhecimentos jurídicos que um vigilante não pode ter, é alguma coisa
de irremediavelmente diabólico. Uma confissão de culpa forjada, diante de um
crime que a sociedade inteira sabe quem cometeu, chama a atenção também para
atos de corrupção dentro da polícia responsável pelo inquérito. Ainda bem que a
Ordem dos Advogados do Brasil, na pessoa do Dr. Luis Antônio Pedrosa, decidiu
representar contra esse advogado. Ainda bem que a Comissão de Direitos Humanos
da Assembléia Legislativa, presidida pelo deputado Bira do Pindaré, também está
atenta a essa diabólica trama e deve tomar suas providências no sentido de
evitar que João Gomes, por ser pobre, pague por um crime que outro homem
cometeu. Sem contar que a deputada Eliziane Gama recebeu denúncia de que a família
do vigilante estaria sendo coagida e ameaçada.
A
sociedade maranhense não pode permitir, em nenhuma hipótese, a evolução de
tamanha crueldade judicial.
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