quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Maranhão, potência energética

Editorial JP, 15 de outubro
Durante tempo demais o Maranhão esbarrou na falência sucessiva de empreendimentos concebidos sob o domínio do grupo Sarney, quase sempre envoltos em formidáveis escândalos, o que daqui afastou investidores nacionais e internacionais. O Estado não era atrativo. Não com as presenças de governos que engendraram arapucas como a Kao I, estelionatos eleitorais como a Refinaria Premium I e não conseguiram colocar no mercado o gás
natural encontrado em diversos municípios. Nesse ritmo, investir no Maranhão tornou-se uma temeridade.
Ontem – e esse editorial está sendo escrito antes que tenhamos conhecimento do teor da palestra – o governador Flávio Dino esteve na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – Firjan, apresentando o potencial de gás natural e energia eólica do Maranhão a investidores nacionais e internacionais. Poucos sabem, mas o Maranhão tem 23 projetos de empreendimentos eólico e térmico cadastrados no Leilão de Energia A-5,
conforme informações da Empresa de Pesquisa Energética. Este leilão será realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica ainda em novembro deste
ano.
No mês de agosto, com a descoberta de 22 novos blocos de gás natural, o Maranhão passou a ser destaque na produção de energia no Brasil, fato oficialmente confirmado pela Agência Nacional de Petróleo – ANP.
Considerado como a nova fronteira da produção de energia a gás natural, o estado se destaca no exato momento em que o país vive uma grave crise de
produção de energia. São 2 milhões de metros cúbicos de gás hoje e serão 5 milhões de metros cúbicos a partir de 2016.
É um quadro tão favorável que a presidente da ANP, Magda Chambriard chegou a afirmar que o Maranhão é protagonista no planejamento para exploração de
gás natural durante os próximos 10 anos e estratégico para a produção de energia no país. Na mesma solenidade de agosto, no Palácio dos Leões, o governador Flávio Dino garantiu que empreenderá todos os esforços para instalação de mais empresas de produção de energia, aumentando a geração de empregos, o que, afinal, deve ser a preocupação de todo governante neste momento de dificuldade econômica..
Felizmente para nós maranhenses e para a economia do Estado acabaram as razões que afastavam potenciais investidores do Estado.. Não há notícias de corrupção, não há escândalos cercando o governo, não há mais cobrança de propinas para quem aqui quer instalar um empreendimento, não há engodos como o da geração de 200 mil empregos, nem empreendimentos fantasmas, sem endereço, comprando vagas no Maranhão.

A má gestão, o patrimonialismo, a gestação de negócios escusos e mais os escândalos financeiros, assustaram e afastaram daqui os investidores nacionais e internacionais. Não será mais assim.

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