Extra
O nadador Ryan Lochte perdeu seus quatro
patrocínios (todos), nesta segunda-feira, após a polêmica criada na Rio-2016,
quando mentiu sobre um assalto. Além da Speedo, que foi a primeira a anunciar a
decisão de rescindir o contrato com o atleta por não concordar com a conduta do
norte-americano, a Ralph Lauren, a Syneron Candela e por fim a Airweave
seguiram pelo mesmo caminho. A Speedo era uma das maiores patrocinadoras do atleta
há mais de dez anos. O comunicado foi divulgado pela "ABC News" nesta
segunda-feira.
“A Speedo EUA anuncia hoje a decisão de acabar com
o patrocínio de Ryan Lochte. Embora tenhamos desfrutado de uma relação
vencedora com Ryan por mais de uma década, em que ele foi um membro importante
da equipe, não podemos tolerar um comportamento que é contrário aos valores
desta marca há muito tempo. Agradecemos suas realizações e esperamos que ele
siga em frente e aprenda com esta experiência”, diz a nota da marca.
Speedo também informou que vai doar uma parte dos
US$ 50 mil (cerca de R$ 161 mil) de taxas de Lochte para uma instituição de
caridade.
"Como parte dessa decisão, Speedo EUA vai doar
uma parte $ 50.000 do dinheiro de Lochte a Save the Children, um parceiro de
caridade mundial da empresa-mãe da Speedo EUA, para crianças no Brasil",
informou.
O caso
No último fim de semana, os nadadores americanos
Ryan Lochte e James Feigen prestaram depoimento à polícia sobre um suposto
assalto que teriam sofrido no Rio, em companhia de outros dois atletas, Gunnar
Bentz e Jack Conger.
O crime teria ocorrido na madrugada de domingo,
quando os nadadores voltavam de uma festa na Casa da França, na Zona Sul, em
direção à Vila Olímpica, na Barra. A investigação da polícia mostrou, no
entanto, que o crime não ocorreu e os americanos mentiram após terem se
envolvido em uma confusão em um posto de combustíveis na Barra.
Lochte se desculpou publicamente após a polícia
prova que a versão dele era falsa. No pedido que publicou nas redes sociais, o
nadador contradisse o que disseram seus três colegas de equipe em depoimento na
Polícia Civil. No pedido, o atleta lamentou que poderia ter sido “mais
cuidadoso e sincero” na forma como descreveu o que aconteceu. Ele diz que não
entendeu direito o que aconteceu no posto de gasolina, mas não admite ter
mentido sobre a versão do assalto.
“É traumático estar na rua tarde da noite com seus
amigos num país estrangeiro – com a barreira da língua – e ter um estranho
apontando uma arma para você e exigindo dinheiro para deixar você ir embora”,
escreveu o nadador.
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