Coronel Frederico Pereira afirma que papel da
Polícia é assegurar eleições limpas.
Foto: Gilson Teixeira
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O comandante da Polícia Militar do Maranhão, coronel Frederico Pereira,
concedeu entrevista nesta quarta-feira (28) sobre as ações da área de segurança
para as eleições municipais deste final de semana. Na ocasião, aproveitou para
esclarecer perguntas a respeito da prisão do major Janilson Cordeiro, lotado no
12º Batalhão de Polícia Militar, na última terça-feira (27), em Imperatriz.
De acordo com o coronel, o major foi detido pela quebra de hierarquia e
disciplina, e por crime de insubordinação que está previsto no Código Penal
Militar. “Se um policial declara publicamente que ele está defendendo um
candidato quem quer que seja, não é prudente que esse policial permaneça na
região dele”, explicou o coronel Pereira. “Porque com certeza ele poderá até
usar das suas prerrogativas policiais para influenciar algum tipo de situação”,
explicou.
O coronel Pereira destacou que não é lícito a nenhum policial militar se
envolver em querelas políticas, sobretudo durante o período eleitoral, pois a
PM, há muitas décadas, é o órgão garantidor da imparcialidade das eleições e da
segurança do pleito.
Além das motivações eleitorais, o coronel Pereira citou que a
transferência de localidade de policiais durante o período eleitoral é algo
comum por várias razões, entre elas o tempo de serviço deles nas cidades. “A
transferência de um policial nesse período é exatamente para garantir a lisura
do processo, como também a integridade desse servidor, já que ele não pode se
envolver, em absoluto, com questões políticas, porque o nosso papel é
exatamente garantir a lisura do processo”, destacou.
De acordo com o comandante da PMMA, houve quebra clara da hierarquia por
parte do major Janilson, após ele ter recebido determinação para sua
movimentação do interior para a capital, deixando com isso de acatar ordens
estabelecidas pelo comando da Corporação, vindo inclusive a manifestar seu
descontentamento e insatisfação nas redes sociais. Além disso, ele incorreu
também na insubordinação, que é um crime militar, proferindo “palavras
injuriosas ao governador do Estado, que é o comandante-em-chefe da Corporação”.
“Papel da PM é garantir eleições limpas”
O coronel Pereira explicou que as Polícias Militares são regidas e os
seus pilares fundamentais são: a hierarquia e a disciplina. “Então não é
possível que esses dois pilares sejam quebrados, e foi o que aconteceu. O Major
Janilson, lamentavelmente, perdeu a compostura e publicamente desferiu palavras
desairosas como nós todos já sabemos”, esclareceu o coronel.
O comandante enfatizou que o que a PMMA quer é que policiais não se
envolvam, sejam eles de que patente for, em questões pessoais políticas, porque
o papel deles nas eleições é garantir um pleito eleitoral limpo, sem tendências
para nenhum lado. “Nós, da polícia, temos que ser os mais isentos possíveis,
porque nós somos os garantidores. É a gente que vai evitar a compra de voto, é
a gente que vai evitar o voto de ameaça”, reiterou.
O coronel Pereira explicou, ainda, que o major Janilson Cordeiro foi
preso em flagrante delito e está à disposição da Justiça Militar para o
andamento do processo legal.
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