No decorrer do segundo turno à Prefeitura de São Luís, vieram à tona uma
série de denúncias envolvendo o deputado estadual Eduardo Braide (PMN), que
disputa a fase final do pleito com o atual prefeito e candidato à reeleição,
Edivaldo Holanda Júnior (PDT).
Passando quase despercebido na primeira fase da corrida eleitoral, o
candidato virou alvo de uma série de denúncias por seus opositores por meio de
publicações em blogs da capital.
Dentre as irregularidades apresentadas, destacam-se as contratações do
pai do candidato, o ex-deputado Carlos Braide, por quase 5 anos, na Assembleia
Legislativa; a contratação, como chefe de gabinete de Eduardo Braide, de
Fabiano Bezerra, envolvido com um esquema de corrupção no município de
Anajatuba; além da contratação pela Companhia de Saneamento Ambiental do
Maranhão (Caema) da empresa CBM, em duas ocasiões, com ausência de licitação,
nos dois casos, com valores de R$ 2.383.640,18 (dois milhões, trezentos e
oitenta e três mil, seiscentos e quarenta e oito reais e dezoito centavos.
Buscando compreender as supostas irregularidades, O Imparcial
destrinchou cada uma das acusações a seguir.
Nepotismo
O pai do deputado estadual Eduardo Braide, Antônio Carlos Braide, foi
nomeado para cargo em comissão, símbolo DAS-1, de assistente
técnico-legislativo, do quadro de pessoal da casa legislativa a partir de 1º de
agosto daquele ano.
A exoneração do ex-deputado ocorreu em janeiro deste ano, a pedido do
próprio Carlos Braide, e publicada em uma edição extraordinária do Diário
Oficial da Assembleia Legislativa do Maranhão.
Divulgada amplamente por diversos blogs da capital, a exoneração teria o
objetivo de retirar o nome do ex-deputado da lista de funcionários da casa
legislativa, enviada à justiça após decisão proferida pelo judiciário obrigando
a divulgação de todos os servidores da casa.
Nomeação de
investigados pela Polícia Federal
Outra denúncia divulgada pelos portais noticiosos da capital maranhense diz respeito à contratação do empresário Fabiano de Caarvalho Bezerra como chefe de gabinete de Eduardo Braide quando deputado estadual.
Outra denúncia divulgada pelos portais noticiosos da capital maranhense diz respeito à contratação do empresário Fabiano de Caarvalho Bezerra como chefe de gabinete de Eduardo Braide quando deputado estadual.
A Fabiano são atribuídas suspeitas de participação em esquema de “notas
frias” para desvio de verbas em diversas prefeituras maranhenses, que foram
investigadas na Operação Geist da Polícia Federal.
Realização de
contratos sem licitação quando gestor da Caema
Durante sua gestão como presidente da Companhia de Saneamento Ambiental
do Maranhão, Eduardo Braide contratou a empresa CBM – Construções e Comércio
Ltda para serviços de manutenção da rede e alegou situação emergencial para
justificar a dispensa de licitação. A empresa firmou dois contratos em 6 meses,
cada um no valor de R$ 2.383.60, totalizando quase R$ 5 milhões de reais.
Além do fato em si, chama atenção a retroatividade do contrato, que
assinado no dia 15 de julho, estabelecia validade a partir de 25 de maio, algo
que pode ser interpretado como em descompasso ao princípio da legalidade na
administração pública.
Eduardo Braide
rebate
Em nota, o candidato afirma que não havia vínculos entre seu gabinete na
Assembleia Legislativa do Maranhão e a contratação de seu pai pela casa
legislativa.
Sobre a nomeação de Fabiano Bezerra, investigado pela polícia federal em
um esquema de desvio de recursos em prefeituras do interior maranhense, a nota
informa que “não há qualquer vínculo do candidato Eduardo Braide com a
investigação em questão, uma vez que a pessoa citada foi exonerada do cargo que
ocupou um ano antes de qualquer procedimento sobre o referido caso”.
Em relação aos contratos firmados quando Braide era dirigente da
estatal, o candidato afirmou que todos foram homologados pela Comissão central
de licitação, estando, portanto, em acordo com o estabelecido na legislação.
Por fim, o candidato afirma “lamentar que fatos estejam distorcidos com
finalidade claramente política”, e que é ficha limpa, algo comprovado pela
publicação, em suas redes sociais, de certidões negativas de processos ou
condenações.
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