Após a criação da
Senarc, apreensão de drogas cresceu significativamente no
estado.(Foto: Nilson
Figueiredo/SSP)
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“O
tráfico de drogas é uma das principais fontes de renda dos grupos criminosos. A
partir da criação da Superintendência intensificamos as operações e conseguimos
triplicar o volume apreendido. Isso desestabilizou o poderio destas facções”, a
afirmação do titular da Superintendência Estadual de Combate ao Narcotráfico
(Senarc), Carlos Alessandro Rodrigues, explica bem as consequências que o
trabalho das forças de segurança pública tem levado ao crime no Maranhão,
principalmente no número de ações para combate ao tráfico, com a implantação da
Senarc, em setembro passado.
O
montante retirado de circulação causou prejuízo aos traficantes e o cerco da
polícia às bases do tráfico limitou os pontos de atuação das quadrilhas. A cada
mês, o número de drogas apreendidas só aumenta, assim como o de traficantes
presos. “E o criminoso reage a essa perda com ações como estes atos criminosos
contra a população. Mas, a tendência é fecharmos o cerco ainda mais e tornar
mais difícil a vida destes traficantes”, ressaltou Carlos Alessandro.
No
comparativo de janeiro a setembro, dos anos 2014 a 2016, houve aumento
gradativo da quantidade de drogas apreendidas. Este ano foram 2,4 toneladas de
drogas tiradas de circulação, número mais que 300% maior que o alcançado em
2015, quando foram apreendidos 704 quilos destes entorpecentes. O montante deste
ano foi avaliado em R$ 6 milhões – prejuízo para os traficantes que deixaram de
lucrar com a distribuição desse montante. Em 2014, a apreensão no período foi
bem abaixo destes dados: apenas 35,2 quilos.
A maconha
segue como a droga traficada em maior quantidade. Isso se deve ao valor, que
bem mais baixo, comparado à cocaína; e ao poder viciante, bem menor, comparado
ao crack. Este ano, a maconha foi responsável por cerca de 59% das apreensões.
Foram cerca de 2,2 toneladas retiradas dos traficantes. No mesmo período do ano
passado esta droga somou 1,3 toneladas apreendias; e em 2014, foram apenas 90,5
quilos.
Ainda,
resultante do planejamento estratégico com o mapeamento das rotas de tráfico,
principalmente no interior do Estado, onde já ocorreram as maiores apreensões
de entorpecentes. “A resposta é esse grande volume de drogas retiradas do
mercado criminoso e a sociedade vez mais livre do vício e dos crimes que têm
origem no tráfico”, enfatiza o superintendente da Senarc.
Em
setembro, mais de duas toneladas de drogas foram incineradas, o maior volume já
registrado. A última incineração ocorreu em janeiro deste ano, quando foram
destruídos 770 quilos de drogas. O superintendente da Senarc atribui os
resultados positivos ao investimento realizado pela atual gestão no setor com o
aumento de efetivo.
Após a criação da Senarc, apreensão de drogas cresceu significativamente
no estado. (Foto: Nilson Figueiredo/SSP)
Combate
ao tráfico
A criação
do canal de denúncias via whatsapp potencializou os resultados das ações do
órgão e é considerada uma das ferramentas mais importantes contra o tráfico de
drogas. Funcionando 24 horas no número (98) 9.9163-4899, o novo meio permite à
população denunciar de forma anônima. Para potencializar ainda mais os
trabalhos, a partir deste mês, o Senarc passa a contar com o setor de
cinofilia, que consiste na utilização de cães farejadores – para a localização
de drogas e armas em locais de difícil percepção humana.
Operações
nos presídios
Paralelo
às ações da Senarc, um trabalho preventivo é realizado desde 2015 pela Secretaria
de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e foi intensificado com os
últimos acontecimentos. Nestas operações, os agentes reforçam os procedimentos
de segurança nas unidades prisionais. As técnicas de segurança vão desde a
retirada do preso das celas, passando pelo ‘banho de sol’ até o retorno aos
pavilhões, com práticas corretas de algemação e revista rigorosa nos
custodiados.
A
padronização das rotinas internas é outra medida adotada pela Seap para
organizar o sistema. Entre decretos e portarias, foram 14 normas editadas.
Processos como a admissão e desligamento de presos; controle de acesso de
veículos nas dependências das unidades prisionais; a regulação de alimentação e
itens que podem ser mantidos em cela; o uso progressivo da força; revista de
visitante; e criação do regulamento disciplinar prisional estão na lista.
O
resultado desse trabalho é a redução nos índices de mortes e fugas durante o
ano e cinco meses. Entre abril de 2015 e setembro de 2016, nenhum interno foi
morto, nem houve registro de rebelião – antes corriqueiras no sistema. Em 2014
foram 17 detentos assassinados, enquanto que, em 2015, esse número caiu para 4;
e, em 2016, estão em apenas dois casos registrados.
Apreensões
– janeiro a setembro
2014 – 35,2 quilos
2015 – 704 quilos
2016 – 2,4 toneladas
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