Só os jogadores de baralho, mentirosos e corruptos foram felizes no governo Roseana Sarney

JM Cunha Santos

Se, quando governadora, Roseana Sarney ousasse fazer compras em um supermercado só poderia fazê-lo sob proteção da Força Nacional de Segurança, tanto seriam os protestos e apupos contra sua indesejável presença, em função dos desacertos de sua desastrada administração. Os professores estavam revoltados com o governo, os policiais estavam zangados, os pequenos agricultores estavam zangados, os funcionários públicos estavam zangados, a classe média estava decepcionada com tantas denúncias de desvios de recursos públicos, propinas e irregularidades de toda ordem. Só os jogadores de baralho, os mentirosos, agiotas e corruptos estavam felizes, enquanto a imagem do Maranhão enchia os jornais do mundo inteiro nas páginas policiais.

Os jogadores de baralho estavam felizes pela importância suma de seus parceiros no carteado oficial, os agiotas porque comiam impunemente os recursos das mais pobres prefeituras do Maranhão. Também os cachaceiros. Tinha mais cachaça importada no Palácio dos Leões àquela época que nos engenhos da Pitu. Até verbas da saúde pública, segundo o jornal O Estado de São Paulo, foram gastas com vinhos internacionais para alimentar o desenfreado alcoolismo governamental. E os corruptos, bem, quanto a esses, eu não preciso nem dizer o porquê... 

E porque só a Força Nacional poderia proteger Roseana da revolta popular? Porque é muito provável que a polícia do Maranhão se negasse a acompanhar a então governadora na perigosa aventura (para ela) de sair em público.

Os policiais estavam em greve, a maioria passando dificuldades, os salários eram minguados, até fuscas eram usados como viaturas, o trabalho era extenuante, insuportável mesmo, posto que o contingente das forças militares e civis era muito reduzido para a população do estado e, livre para voar, o crime organizado impunha até toques de recolher na grande São Luís.

A situação de penúria da PM e da Polícia Civil, sem viaturas, sem armamentos, sem promoções há séculos, muitas vezes até sem gasolina, ainda foi estigmatizada pelo principal instrumento de trabalho do Sistema Mirante de Comunicação: A MENTIRA. No dia 28 de novembro de 2011 a imprensa publicava decisão do comando de greve da Polícia Militar de não mais dar entrevistas ao Sistema Mirante, incluindo rádio, jornal e sites, em razão de “sucessivas mentiras e deformações veiculadas”. Mentiam, mentiam muito e continuam mentindo descaradamente.

No correr da campanha de Flávio Dino divulgaram pesquisas falsas e sem registro e “entrevistaram” um líder de facção criminosa que acusou o hoje governador do estado de comandar assaltos a bancos. Os mentirosos lavaram a burra, encheram os cofres com dinheiro da devassidão midiática tutelada pelo Sistema Mirante.

Dois anos depois, continuam mentindo. Disseram que o governador Flávio Dino não ia pagar o 13 º salário, anunciaram que as Upas iam fechar, inventaram que Flávio Dino havia reajustado o próprio salário, inventaram greves de médicos, mentiram que o governador estava vendendo a Caema. Como ninguém mais acredita em nada do que dizem, estão agora fazendo montagens fotográficas e mentindo à população que o governador Flávio Dino mandou isolar o corredor de um supermercado para fazer compras com tranquilidade.

Mas tudo isso de nada adianta. Apesar da campanha milionária nas redes sociais, em prol de uma suposta e judicialmente inviável candidatura da ex-governadora, o Maranhão inteiro sabe que só os jogadores de baralho, os agiotas, mentirosos e corruptos foram felizes no governo Roseana Sarney.