sexta-feira, 8 de junho de 2018

Atlas da Violência: o Maranhão saiu do inferno

O crime organizado e o crime de corrupção não mandam mais aqui.

JM Cunha Santos


Há que se destacar, como jornalista por dever de ofício e como cidadão pelo reconhecimento devido aos homens públicos que, cônscios de suas responsabilidades, trabalham no sentido de garantir melhor qualidade de vida ao cidadão, a constante e recorrente redução da criminalidade no Maranhão. O que veio a ocorrer a partir do ano de 2015, quando o governador Flávio Dino tomou posse e o delegado Jefferson Portela assumiu a Secretaria de Segurança Pública do Estado.
Durante 10 anos seguidos, de 2004 a 2014, a ascensão do crime se mostrou incontrolável, incorrigível e insuperável. Absurdos 308 % de aumento nos índices de homicídios fizeram de São Luís um território sem lei, uma cidadela sob controle do tráfico e do crime organizado, um templo maldito onde a juventude se matava em praça pública, sem que as autoridades de então fossem capazes de qualquer atitude que, pelo menos, contornasse o problema.
O inferno habitava aqui fora, em meio à fúria incontrolável dos crimes de latrocínio, às escaramuças entre facções criminosas, o Estado envergando um dos mais altos níveis de assaltos a bancos e as cidades sitiadas por falta de efetivo policial, de delegados de carreira, de policiais civis, de batalhões de polícia especializados. Sem contar a impunidade consciente da pistolagem e as incursões da agiotagem, a seu modo assaltando os cofres públicos, ante os olhares omissos e, às vezes até coniventes, de determinadas autoridades.
Sem os investimentos hoje garantidos pelo governador Flávio Dino, sem planejamento, sem a integração construída pelo secretário Jefferson Portela, sem a presença de superintendências de combate às mais variadas modalidades de crimes, o Maranhão sucumbiu à violência desmedida, à incompetência gerencial dos governos tutelados pelo grupo político liderado pelo ex-senador José Sarney.
E São Luís foi inscrita entre as cidades mais violentas do mundo.
O inferno estava lá dentro. O Sistema Penitenciário se transformou numa caverna de atrocidades, de barbaridades medievais, de fugas sequenciais, disputas sanguinárias, leniência com os chefões do tráfico e favorecimentos terceirizados aos amigos do governo de então, o que abriria nos presídios canais insaciáveis de corrupção.
Por isso são tão relevantes para os maranhenses essas notícias de que o Maranhão não mais consta do ranking dos estados mais violentos do país e nem é mais São Luís uma entre as cidades mais sanguinárias do planeta.
Lamentável apenas é a persistência de uma imprensa caolha, a serviço do grupo político do ex-senador José Sarney, manipulando dados, criando critérios de avaliação inexistentes para passar à população a ideia de que o Estado ainda vive o mesmo inferno vivido no passado. Inclusive computando quedas, afogamentos, choque elétricos, acidentes de trânsito, tombos e, se duvidar, até ataques do coração, como homicídios. Mas essa é a imprensa de Sarney, que o Maranhão já conhece e não respeita.
O Maranhão saiu do inferno, confirma o Atlas da Violência. Temos polícia, temos policiamento. O crime organizado e o crime de corrupção não mandam mais aqui.      

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