Muita gente, muita alegria e o número 65 espalhado por todo canto. Assim
foi o grande comício com Flávio Dino, Eliziane Gama e Weverton Rocha na noite
deste sábado (22) em São Luís.
Cerca de 12 mil pessoas marcaram na praça Gomes de Souza, próximo à
RFFSA, para demonstrar o forte apoio da população à reeleição de Flávio no
primeiro turno, no dia 7 de outubro.
“A nossa campanha não é do ódio, é da alegria. Não é do desespero, é da
esperança. Não é da derrota, é da vitória do povo sobre todos aqueles que acham
que são donos do Maranhão”, afirmou Flávio.
“O caviar e a lagosta do passado viraram 11 milhões de refeições nos
Restaurantes Populares que abrimos no Maranhão todo. Isso é uma diferença
substantiva”, acrescentou.
Voto nos senadores
Flávio destacou a importância de eleger Eliziane e Weverton para o
Senado. Neste ano, o eleitor vota em dois senadores. Ambos lideram as pesquisas
eleitorais.
“Vocês podem votar em Eliziane e Weverton que eles não vão envergonhar o
povo do Maranhão”.
De acordo com o governador, Eliziane e Weverton representam a certeza de
que o Maranhão vai ter mais recursos financeiros. Uma das atribuições dos
senadores é conseguir mais verbas para o Estado.
“Para mim uma das coisas que mais me alegram é estar nesta caminhada ao
lado do governador Flávio Dino desde 2006”, disse Eliziane. “Ele fez um governo
dando educação, saúde e infraestrutura para o Estado.”
Weverton destacou sua trajetória como deputado federal: “Eu disse não ao
golpe que tirou uma presidenta honesta do poder, tive a coragem de dizer não
àquelas reformas perversas. Os nossos adversários estão do lado de lá”.
Apoio popular
Entre os 12 mil presentes, não faltaram exemplos das muitas obras e
entregas feitas por Flávio Dino desde 2015.
“Meu primeiro voto eu vou dar para Flávio Dino porque achei ele um bom
governador. Até agora não pisou na bola com São Luís. Eu vejo muito o trabalho
dele na minha escola. Ele ajudou e eu vou votar nele. É Flávio Dino no primeiro
turno”, afirmou Raimundo Nonato, estudante de 16 anos da Escola Monteiro
Lobato, no Maiobão.
“Ele está fazendo escolas, entregando ambulância, cuidando da segurança
das pessoas. Está fazendo um excelente trabalho”, acrescentou a também
estudante Andressa Cristine.
POLÍTICA:Matéria da Revista Fórum.
ResponderExcluir21 DE SETEMBRO DE 2018, 20H10
Com Roseana, família Sarney tenta retomar controle do feudo político no Maranhão
História do clã no estado está ligada à grilagem; ex-governadora disputa o Palácio dos Leões com Flávio Dino (PCdoB), candidato à reeleição que governa com apoio de ruralistas
Por Alceu Castilho, no De Olho Nos Ruralistas
As políticas de José Sarney inspiraram um clássico da literatura brasileira sobre questão agrária: “Grilagem – corrupção e violência em terras do Carajás“, de Victor Asselin. No fim dos anos 60, aquele jovem político disparou a distribuir terras públicas, onde viviam camponeses. Entre os beneficiários, grileiros de todo o Brasil, numa escola que vinha do Paraná e passava por Goiás. Iniciava-se um domínio político no Estado que só foi interrompido – salvo uma gestão relâmpago de Jackson Lago – pelo atual governo de Flávio Dino (PCdoB), candidato à reeleição.
Cinquenta anos depois, a família do ex-presidente vê na ex-governadora Roseana Sarney (MDB) a chance de retomada do feudo. Em 1966, o cineasta Glauber Rocha gravou um documentário sobre a posse de José Sarney, a pedido do amigo governador. As promessas de combate à miséria foram sendo substituídas por um domínio coronelista no estado, onde ficam hoje 70 dos 100 municípios mais pobres do Brasil.
A palavra “comunista” na sigla PCdoB não significa que a gestão Dino esteja descolada dos interesses ruralistas. Alguns membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), como os deputados federais André Fufuca (PP) e Cleber Verde (PRB), têm influência direta no governo estadual, inclusive no Instituto de Terras do Maranhão (Iterma) – um velho conhecido da família Sarney.
Lei Sarney de terras gerou êxodo rural
No dia 15 de junho de 1969, saiu do forno o que viria ser conhecida como Lei Sarney de Terras. “Com a nova lei, facultava-se a venda das terras devolutas, sem licitação, a grupos organizados em sociedade anônimas, sem número limitado de sócios, podendo requerer cada um até três mil hectares”, conta Victor Asselin em seu livro. Estava em curso uma das maiores grilagens de terras da história do Brasil, numa área de 1,5 milhão de hectares conhecida como Fazenda Pindaré.
Esses territórios eram ocupados por posseiros. No ano passado, no XXIX Simpósio de História Nacional, o historiador Roberval Amaral Neto, do Instituto Federal do Maranhão, observou que a lei significou a “institucionalização da grilagem nas terras maranhenses”. Entre elas, 9 milhões de hectares de terras devolutas na Amazônia Legal. Esse território, explica o pesquisador, era visto pela elite do estado “como a solução para modernizar o setor agrário maranhense”.