O desafio das pessoas de
bem é, a partir de agora e todos os dias, plantarem frases de amor e tolerância
nas redes sociais.
JM
Cunha Santos
A
frase “Já está liberado dar porrada em negro, veado e baiano”?, ornamentada por
um estudante armado de cassetete e com a camisa do presidente eleito Jair
Bolsonaro, é apenas uma das muitas manifestações de ódio e intolerância que
infestam as redes sociais.
No
Whatsap, estudantes de economia e contabilidade da USP posam armados e fardados
pregando o que chamam de A Nova Era, envergando camisas com a inscrição B17, em
comemoração à eleição de Bolsonaro.
Em
manifestação misógina, um jovem posta a própria foto apontando uma arma, sob a
legenda “Está com medo petista safada? É a Nova Era”.
Em
outro exemplo de culto ao ódio racial, político, homofóbico e de gênero, outro
doente, estudante de química industrial da Universidade Federal do Maranhão,
faz inexcedível apologia da violência: “Está liberada a caça ilegal aos
viadinhos. Não vale atirar na cabeça, tá ok?
Enquanto
isso, em entrevista à TV Record, o próprio presidente eleito dá vasão a essa
pregação do ódio ao afirmar que grupos como o MST e o MTST serão tratados como
terroristas e dá sinais de que seu governo pretende, inclusive através do corte
de recursos, exercer uma espécie de controle das mídias.
O
futuro que antevejo é assustador. E o desafio das pessoas de bem para enfrentar
a onda de ódio que cresceu com a vitória da candidatura de Jair Bolsonaro, é
plantar, a partir de agora e todos os dias, frases de amor e respeito ao
próximo nas redes sociais. E eis a minha frase: “Eu te amo negro, eu te amo
branco, eu te amo pobre, eu te amo rico, eu te amo jovem, eu te amo velho, eu
te amo mulher, eu te amo homem, eu te amo hetero, eu te amo homo, te amo no
sul, no norte, no nordeste, no leste, no oeste, no sudeste e no centro-oeste,
porque Deus só me ensinou a amar”.
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