“A conduta dos militares é totalmente reprovável e absurda, devendo ser
investigados e punidos, caso haja comprovação do abuso de poder", escreveu
a magistrada, encaminhando o caso para apuração do Comando Militar do Leste
(CML)
Revista Fórum
A juíza Amanda Azevedo Ribeiro Alves, da Central de Audiências de
Custódia, determinou a apuração de denúncias de tortura de oito homens – entre
eles um menor de 16 anos – que foram detidos com drogas e armas durante uma
operação do Exército no complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, e
levados para uma “sala vermelha” na 1ª Divisão de Exército, na Vila Militar.
“A conduta dos militares é totalmente reprovável e absurda, devendo ser
investigados e punidos, caso haja comprovação do abuso de poder”, escreveu a
juíza, encaminhando o caso para apuração do Comando Militar do Leste (CML). O
juiz Marco Antônio Azevedo Junior, da Vara da Infância e da Juventude, também
mandou que o CML apurasse a denúncia. As informações são de reportagem do
jornal Extra.
Segundo o jornalista Rafael Soares, que teve acesso ao inquérito, um dos
presos afirma que, na sala, “foi feito um interrogatório violento”, em que os
militares perguntavam sobre traficantes do Complexo da Penha. “Ao responder que
não sabia, apanhava com madeiradas na nuca e chicotadas com fio elétrico nas
costas”, relatou o preso.
Outro detido, de 23 anos, afirmou ter sido “ameaçado de ser sufocado com
um saco plástico” durante a sessão de tortura e disse que “chegaram a colocar
um preservativo num cabo de vassoura para assustá-lo”.
Ao jornal, o CML disse que “não compactua com quaisquer ações que não
estejam dentro do ordenamento jurídico”.
Leia a reportagem
na íntegra.
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