JM
Cunha Santos
No
comento da matéria “Escola sem Partido de Jair Bolsonaro tem origem nazista e
soviética”, publicada ontem neste Blog, o ex-deputado Vagner Pessoa declarou:
“Tu vai acabar é atrás das grades”.
Bastou
para que me batesse o pânico, a tremedeira, a mania de perseguição
dostoievskiana que acometem a todos que no mundo se têm por inconvenientes aos
regimes de exceção. De pronto, me vieram à lembrança algumas propostas do
presidente eleito, como a de flexibilizar a posse de armas, tratar invasão de
terras como terrorismo, reduzir a maioridade penal, adotar o Escola sem Partido
e anuí, apavorado: Ele tem razão. Estou eu, de fato, brincando com fogo.
Comecei,
então, a imaginar meios de evitar que a premonição de Vagner Pessoa venha a se
concretizar. A primeira ideia foi parar de escrever, abandonar a profissão, até
porque Sua Excelência Jair Bolsonaro entende que não houve censura durante a
ditadura militar no Brasil. Mas pensei que talvez não seja o bastante, que
somente isso não vai agradar a polícia política que, certamente, se organiza
nos socavões do poder.
“O
melhor é rever todos os meus axiomas, minha filosofia, minha indignação, fingir
que acredito no que não acredito, dizer o que não quero, falar somente o que
for servil ao regime que se anuncia”. Mas voltei a me perguntar: será o
bastante para evitar o meu aviltamento, o meu encarceramento, o humilhar-me
como ser racional diante do poder?
Imaginem
só o que seria nunca mais duvidar, nunca mais contestar, não ter opinião
própria, mas somente aquelas que me permitam viver a paz dos covardes, dos
apátridas, tornar-me cego, surdo e mudo para não mais correr o risco de acabar
na prisão.
Mas, mesmo na reflexão de que a existência de um
ser assim está miseravelmente enterrada no terreno das impossibilidades,
deixei-me vencer por todos os medos que hoje assombram esta Nação. E, ante a
possibilidade de, mais uma vez, ser vítima de policiamento político ideológico,
tomei uma decisão definitiva, irreversível e, de igual modo, aterradora: “Não
vou mais pensar. Só assim deixarei felizes todos os Vagner Pessoa e Bolsonaros
desse país e poderei viver em ampla, geral e irrestrita liberdade”.
Jornalistas como JM Cunha Santos não podem parar de dizer o que pensam. No dia em que jornalistas como Cunha Santos e alguns outros brilhantes jornalistas da região se calarem, a mídia maranhense perderá o seu brilho, o jornalismo online perderá a sua luz.
ResponderExcluirNão se deve dar ouvidos a fascistas !!
Fascistas são criaturas sem noção, dementes por natureza e imbecis por opção.
A estratégia usada por grupos fascistas em sua maioria é a de fazer ameaças contra quem se coloque contra eles no país, na tentativa de impor pela tática do terror a agenda política da direita nazifascista, com o apoio das elites políticas conservadoras.
Em uma nação democrática, no seio de uma sociedade civilizada, porém, essas criaturas valem menos do que bost@, porque bost@ ainda serve de adubo para as plantas, mas fascistas para nada servem, senão para disseminar o ódio e poluir o mundo, movidos por uma mente profundamente insana e manifestamente estúpida.
Em uma Democracia, o jornalista tem direito à plena liberdade da informação jornalística. É um direito constitucional, fundamental, inviolável, que nenhuma autoridade poderá vetar, sendo vedada a censura.
Já dizia Rui Barbosa que a “a imprensa é a vista da nação. Por ela é que a Nação acompanha o que lhe passa perto e longe, enxerga o que lhe malfazem, devassa o que lhe ocultam, percebe onde lhe alvejam, vela pelo que lhe interessa e se acautela do que a ameaça.
PORÉM...
Nesses tempos de trevas pelos quais passa o Judiciário brasileiro, marcados por abusos e arbitrariedades de juízes, omissões do STF, perseguições a partidos de esquerda, condenações de homens públicos inocentes para manter no poder aliados políticos delinquentes...
Nesses tempos sombrios de subversão da ordem constitucional, julgando-se e condenando-se pela via do ANTIDIREITO...
Nesses tempos, enfim, de desfaçado emprego de lawfare com o fim de destruir reputações e condenar sem provas pessoas que não cometeram crime algum, é fácil perceber que vivemos hoje em nosso país um REGIME DE EXCEÇÃO, sustentado por uma aliança judicial-militar, sob o comando de déspotas castrenses, representados agora por um presidente interposto, que governará o país pelos próximos quatro anos como verdadeiro testa de ferro das classes dominantes e do capital, em detrimento da classe trabalhadora, dos direitos e garantias constitucionais e das liberdades individuais e coletivas.
Estima-se que os próximos anos serão marcados por graves restrições de direitos civis, políticos e sociais à população, forte repressão contra minorias, censura, aprofundamento da crise econômica e desordem institucional.
Nessa perspectiva, não seria demais imaginar que, com a chegada do fascismo ao poder, caminha o Brasil inevitavelmente para o caos.
É a chegada da "Pura Repressão Militar"dos fascistas militares e dos homens juízes e ministros de togas dos tribunais superiores.
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