De tão revoltados com essa distância do
patrimônio e dos recursos públicos, é até provável que os Sarney também queiram
cassar no Maranhão o mandato de Deus.
JM Cunha Santos
Por via de uma política patrimonialista
alicerçada na corrupção, os Sarney viveram tempo demais como donos absolutos do
Maranhão e de tudo o que nesse estado se catalogasse como patrimônio do povo.
Donos do mar, dos rios, dos cargos federais e estaduais, dos poderes
constituídos, fuçando tabelionatos, falsificando registros públicos, jamais
viram razões, nem de foro íntimo, para fazer qualquer distinção entre o público
e o privado, entre o que era propriedade do Estado e o que lhes cabia na
ganância cartorial.
Em duas eleições, 2014 e 2018, o povo
maranhense lhes tirou o poder que garantia a compra e a distribuição de
mandatos e pôs fim à permissividade dessa relação incestuosa com o patrimônio
público.
Mas os Sarney estão inconformados. Ainda
lutam para se apropriar, mais uma vez, do Convento que tomaram das Mercês,
querem entregar a administração de nossos Portos, inclusive o formidável Porto
do Itaqui, ao Governo Federal, (o que foi tentado com Dilma, Temer e, agora,
Bolsonaro), na esperança de voltar a ter alguma ingerência também sobre os
lucros das marés.
Na Justiça, tentam tomar o mandato da
senadora Eliziane Gama e entregar para Sarney Filho, assim como fizeram com
Jackson Lago presenteando com um mandato que nunca lhe pertenceu a
ex-governadora Roseana Sarney.
Mas com a eleição de Flávio Dino, o
advento de um governo de concepção socialista, todo esse patrimônio, inclusive
o financeiro, que abastecia contas secretas e se diluía nas roletas dos
cassinos internacionais, foi devolvido ao povo do Maranhão. Devolvido em forma
de escolas, hospitais, programas sociais, estradas e rodovias, Iemas e
universidades, tudo o que durante 50 anos foi negado ao povo do Maranhão.
De tão revoltados com essa distância
do patrimônio e dos recursos públicos, é até provável que também queiram cassar
no Maranhão o mandato de Deus.
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