sexta-feira, 15 de março de 2019

Bombeiros do Maranhão recebem homenagem na Câmara dos Deputados




Bombeiros militares maranhenses que atuaram nos resgastes das vítimas da tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, participaram, na Câmara dos Deputados, da cerimônia em reconhecimento nacional aos heróis que trabalharam por vários dias em um cenário de destruição causado pela lama de rejeitos de minério.
A homenagem, a todos os bombeiros militares do Brasil que estiveram durante vários dias trabalhando em Brumadinho, aconteceu, nesta quinta-feira (14), no plenário Ulysses Guimarães, na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Um dia após a tragédia, o governador Flávio Dino autorizou o envio de bombeiros do Maranhão especializados em ocorrências de grande vulto e buscas e resgates em estruturas colapsadas (BREC). Ao todo, 22 bombeiros do Maranhão auxiliaram na missão Brumadinho.
Na Câmara dos deputados o agradecimento e o pedido de valorização a estes bravos profissionais marcaram o discurso dos deputados. Durante sessão plenária as autoridades foram unânimes em propor novos debates para garantir o fortalecimento e reconhecimento do profissional bombeiro militar.
“Vivemos hoje um momento histórico. Esse reconhecimento aos bombeiros, que atuaram na missão Brumadinho, nos deixa lisonjeados com a entrega dessa homenagem, promovida pelo parlamento, representa a própria iniciativa do povo brasileiro. Com o sentimento de gratidão continuaremos firmes para exercer a nossa missão na corporação”, disse o major Patrício, bombeiro maranhense que atuou na tragédia de Brumadinho -MG.
O coronel Célio Roberto, comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) e os bombeiros major Patrício Daniel dos Santos Penha, major Nilson da Silva Azevedo Júnior, capitão Jonatan Silva Coutinho, 1º tenente David Martins Soares, 2º tenente Elenilton Ribeiro de Sousa, 3º sargento Elismar de Souza e a cabo Brenda Aline Barros de Matos, maranhenses que trabalharam da missão Brumadinho, participaram das homenagens.
A tragédia
A barragem da mina do Córrego do Feijão, da Vale, se rompeu no dia 25 de janeiro. A lama destruiu a área administrativa da mineradora, atingiu comunidades de Brumadinho e o Rio Paraopeba. De acordo com as últimas informações da Defesa Civil, foram confirmadas 203 mortes e 105 pessoas continuam desaparecidas.
Trabalhando de 10 a 14 horas por dia, os bombeiros militares se revezavam em grupos dentro da zona quente. A localização e acesso a qualquer tipo de estrutura soterrada ou averiguação de algum sinal de vítimas era feita a todo momento. Ao longo dos dias de operação, a dificuldade da lama compactada dava lugar à insegurança da instabilidade do terreno.
A cada corpo encontrado mais uma triste história se confirmava, mas de alguma forma, os bombeiros contribuíam para aliviar a aflição dos familiares das centenas de vítimas. Superando a cada dia esses grandes desafios é que esses profissionais atuavam em uma das maiores tragédias do Brasil.

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