Bombeiros
militares maranhenses que atuaram nos resgastes das vítimas da tragédia de
Brumadinho, em Minas Gerais, participaram, na Câmara dos Deputados, da
cerimônia em reconhecimento nacional aos heróis que trabalharam por vários dias
em um cenário de destruição causado pela lama de rejeitos de minério.
A
homenagem, a todos os bombeiros militares do Brasil que estiveram durante
vários dias trabalhando em Brumadinho, aconteceu, nesta quinta-feira (14), no
plenário Ulysses Guimarães, na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Um dia
após a tragédia, o governador Flávio Dino autorizou o envio de bombeiros do
Maranhão especializados em ocorrências de grande vulto e buscas e resgates em
estruturas colapsadas (BREC). Ao todo, 22 bombeiros do Maranhão auxiliaram na
missão Brumadinho.
Na Câmara
dos deputados o agradecimento e o pedido de valorização a estes bravos
profissionais marcaram o discurso dos deputados. Durante sessão plenária as
autoridades foram unânimes em propor novos debates para garantir o
fortalecimento e reconhecimento do profissional bombeiro militar.
“Vivemos
hoje um momento histórico. Esse reconhecimento aos bombeiros, que atuaram na
missão Brumadinho, nos deixa lisonjeados com a entrega dessa homenagem,
promovida pelo parlamento, representa a própria iniciativa do povo brasileiro.
Com o sentimento de gratidão continuaremos firmes para exercer a nossa missão
na corporação”, disse o major Patrício, bombeiro maranhense que atuou na
tragédia de Brumadinho -MG.
O coronel
Célio Roberto, comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão
(CBMMA) e os bombeiros major Patrício Daniel dos Santos Penha, major Nilson da
Silva Azevedo Júnior, capitão Jonatan Silva Coutinho, 1º tenente David Martins
Soares, 2º tenente Elenilton Ribeiro de Sousa, 3º sargento Elismar de Souza e a
cabo Brenda Aline Barros de Matos, maranhenses que trabalharam da missão
Brumadinho, participaram das homenagens.
A
tragédia
A
barragem da mina do Córrego do Feijão, da Vale, se rompeu no dia 25 de janeiro.
A lama destruiu a área administrativa da mineradora, atingiu comunidades de
Brumadinho e o Rio Paraopeba. De acordo com as últimas informações da Defesa
Civil, foram confirmadas 203 mortes e 105 pessoas continuam desaparecidas.
Trabalhando
de 10 a 14 horas por dia, os bombeiros militares se revezavam em grupos dentro
da zona quente. A localização e acesso a qualquer tipo de estrutura soterrada
ou averiguação de algum sinal de vítimas era feita a todo momento. Ao longo dos
dias de operação, a dificuldade da lama compactada dava lugar à insegurança da
instabilidade do terreno.
A cada
corpo encontrado mais uma triste história se confirmava, mas de alguma forma,
os bombeiros contribuíam para aliviar a aflição dos familiares das centenas de
vítimas. Superando a cada dia esses grandes desafios é que esses profissionais
atuavam em uma das maiores tragédias do Brasil.
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