terça-feira, 19 de março de 2019

O prefeito Edivaldo e as políticas destinadas a pessoas com necessidades especiais


JM Cunha Santos


Li, com vagar e indisfarçável emoção, artigo do prefeito Edvaldo Holanda, publicado em edição recente do Jornal Pequeno, no qual trata das políticas públicas da Prefeitura de São Luís voltadas para pessoas com necessidades especiais. É o artigo de um técnico, ou gestor, desprovido, portanto, da necessária animação poética que o tema exige. Mas conta a história de uma menina com Síndrome de Dow que hoje dança balé num espetáculo ficcional, em pleno Teatro Arthur Azevedo. É imenso e nos obriga a dizer: Deus existe!
Imediatamente, lembrei-me da emoção que pingava dos corpos durante a inauguração da Casa Ninar - consequência de um projeto que transformou a Casa de Veraneio do Governo do Estado (para alguns o centro da esbórnia oficial de governos antecedentes) em Casa de Apoio Ninar, destinada a proporcionar assistência no tratamento de bebês com doenças que afetam o neurodesenvolvimento. E como não perguntar porque levamos tanto tempo nesse estado para alcançar o atual estágio de humanização da gestão pública, tanto a nível estadual como a nível municipal.
Mas o prefeito, em seu artigo, defende políticas públicas inclusivas que garantam às pessoas com deficiências o acesso aos direitos e benefícios comuns a qualquer cidadão. E como é humanística essa reivindicação, se ninguém tem culpa de não conseguir falar, andar, ver, ouvir e se, mesmo não andando, não falando, não vendo, nem ouvindo são, no entretanto, inapelavelmente capazes de sentir e de amar.
De um aplicativo que estará em 50 escolas da rede municipal e que servirá como ferramenta em sala de aula para auxiliar na comunicação entre professores e alunos que têm dificuldades com a fala, às inesgotáveis Salas de Recursos Multifuncionais, destinadas a crianças com deficiência, toda a ação da Prefeitura no entorno da Educação Especial enobrece as almas que conseguem absorver os desígnios cristão de amar ao próximo, para além de todas as diferenças e longe de toda e qualquer forma de preconceito.
Para quem aqui viveu e viu o sangradouro das políticas de igualdade, de inclusão e da justiça social, esta nova visão administrativa que emerge no Maranhão após a queda da Bastilha sarneisista, imprime um novo ar a ser respirado, enche de luz um espaço até a bem pouco tempo contaminado pelas trevas e faz a gente, na condição humana, se sentir maior porque mais pertos da eletricidade inapagável do amor.

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