JM Cunha Santos
Em Harvard, a mais antiga e prestigiada instituição de ensino superior
da maior potência econômica do mundo, Estados Unidos, onde se formaram 8
presidentes do país e cerca de 150 ganhadores do Prêmio Nobel foram filiados
como estudantes, professores e funcionários; nesse ambiente graduado de pesquisas
científicas, celeiro do conhecimento mundial, o governador do nosso humilde
Maranhão, Flávio Dino, profere palestras, convidado já pela segunda vez, para
orgulho dos maranhenses.
Imaginem só que desastre seria Roseana Sarney, do alto de sua gagueira
cultural, falando aos catedráticos de Harvard sobre a lagostinização da
administração pública ou explicando aos estudantes brasileiros ali sediados a
sanguinária barbárie que atingiu o Sistema Penitenciário maranhense entre os
anos de 2013 e 2014.
Flávio Dino esteve ali para falar de Maranhão e de Brasil, para ensinar
que a principal característica da formação brasileira está na desigualdade
social, dizer dos constrangimentos fiscais que o país enfrenta e mostrar como e
porque o pobre Maranhão foi responsável pela maior taxa de investimentos em
todo o Brasil no ano de 2018. Conversando com alunos da Harvard Kennedy School,
uma das escolas de mestrado e doutorado em Harvard, explicou que a trajetória
que impacta toda a sociedade brasileira tem origem na hiperconcentração de três
atributos: riqueza, poder e conhecimento nas mãos de poucos.
E tinha muito o que mostrar da evolução do Maranhão no correr de seu
governo, como os R$ 300 milhões gastos por ano no custeio de 10 novos
hospitais, a construção e reforma de 800 escolas dignas, elevando o Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB de 2,8 para 3,4, 50 escolas
integrais, carreando um misto de conhecimento socioeconômico e realizações
administrativas para a atenta plateia da Brazil Conference at Harvard.
O compromisso do governador maranhense no dia seguinte seria a Brazil
Conference MIT, para explicar a histórica transformação no Complexo
Penitenciário de Pedrinhas a partir do ano de 2015. O Complexo Penitenciário
que nos anos de 2013 e 2014 ficou conhecido internacionalmente como “Sucursal
do Inferno e “Caldeirão do Diabo”, a Pedrinhas das decapitações e
esquartejamentos, tornou-se referência em educação, trabalho, assistência
religiosa e investimentos. Quatro mil novas vagas foram criadas, quatro novas unidades
foram construídas, 29 presídios foram reformados, o Complexo ganhou uma efetiva
política de reintegração social. E os assassinatos dentro dos presídios foram
reduzidos em mais de 95 %, mesma proporção de fugas e rebeliões.
Um trabalho majestoso, que registrou a aprovação de 431 internos no ENEM
e mais de 6 mil certificados de educação à distância!
Séculos depois Harvard, um monumental conglomerado de instituições
acadêmicas com orçamento de U$ 30 bilhões, que centraliza uma das maiores
bibliotecas do mundo, talvez o primeiro berço do Iluminismo e outras correntes
filosóficas, registra também, a partir de agora, a até então mundialmente
desconhecida História do Maranhão.
E pensar que outros governantes criaram para esse Estado uma imagem
devassada de decadência, violência e corrupção.
Mais com todas essas vantagens citadas acima,o quê realmente é magestoso;mais ainda continua sendo o estado mais pobre da federação brasileira. Uma vergonha para os governantes desse país que cobra dos cidadãos maranhenses um imposto tão alto.
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