segunda-feira, 8 de abril de 2019

O governo maranhense corre atrás dos sonegadores


JM Cunha Santos


Mais que o rombo da Previdência ou qualquer outro rombo que se possa imaginar neste país, é a sonegação bilionária de impostos a grande responsável pela miséria circundante e pela inapetência administrativa no país. Até o ano de 2015, a dívida da sonegação já somava R$ 420 bilhões. Sem contar que os mais ricos do Brasil detêm R$ 1 trilhão em paraísos fiscais. Imaginem só, toda essa incalculável fortuna investida em saúde, educação e segurança no Brasil!
Especialistas entendem que a sonegação é, para os brasileiros, um problema muito mais grave que a corrupção, não só pelo volume de dinheiro, mas porque é ideologicamente justificada como estratégia de sobrevivência.
Com todas as suas forças, o Brasil precisa correr atrás dos grandes sonegadores e resgatar esse patrimônio financeiro que pertence aos brasileiros.
O EXEMPLO MARANHENSE
O governo maranhense acaba de dar o exemplo, ao emitir 300 autos de infração contra empresas de outros estados que juntos devem ao Maranhão R$ 9 milhões em ICMS, pela venda de combustíveis e lubrificantes. Os maiores devedores são Piauí (R$ 3,5 milhões), Pará (R$ 2 milhões) e São Paulo (R$ 1,5 milhão).
O próprio governador Flávio Dino já sugeriu que, ao invés de focarmos em uma Reforma da Previdência, deveríamos focar em uma Reforma Tributária, tirar os olhos das parcas rendas dos aposentados do país.
De fato, nosso sistema tributário é profundamente injusto com os mais pobres e exageradamente permissivo com a sonegação. As do governador do Maranhão são ideias político-administrativas atuais, modernas, que privilegiam os mais pobres e que o bolsonarismo e a direita se negam sequer a discutir.

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