JM Cunha Santos
Mais que o rombo da Previdência ou
qualquer outro rombo que se possa imaginar neste país, é a sonegação bilionária
de impostos a grande responsável pela miséria circundante e pela inapetência
administrativa no país. Até o ano de 2015, a dívida da sonegação já somava R$
420 bilhões. Sem contar que os mais ricos do Brasil detêm R$ 1 trilhão em
paraísos fiscais. Imaginem só, toda essa incalculável fortuna investida em
saúde, educação e segurança no Brasil!
Especialistas entendem que a sonegação é,
para os brasileiros, um problema muito mais grave que a corrupção, não só pelo
volume de dinheiro, mas porque é ideologicamente justificada como estratégia de
sobrevivência.
Com todas as suas forças, o Brasil precisa
correr atrás dos grandes sonegadores e resgatar esse patrimônio financeiro que
pertence aos brasileiros.
O EXEMPLO MARANHENSE
O governo maranhense acaba de dar o
exemplo, ao emitir 300 autos de infração contra empresas de outros estados que
juntos devem ao Maranhão R$ 9 milhões em ICMS, pela venda de combustíveis e
lubrificantes. Os maiores devedores são Piauí (R$ 3,5 milhões), Pará (R$ 2
milhões) e São Paulo (R$ 1,5 milhão).
O próprio governador Flávio Dino já
sugeriu que, ao invés de focarmos em uma Reforma da Previdência, deveríamos
focar em uma Reforma Tributária, tirar os olhos das parcas rendas dos
aposentados do país.
De fato, nosso sistema tributário é
profundamente injusto com os mais pobres e exageradamente permissivo com a
sonegação. As do governador do Maranhão são ideias político-administrativas
atuais, modernas, que privilegiam os mais pobres e que o bolsonarismo e a
direita se negam sequer a discutir.
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