JM Cunha Santos
Apesar de todos os reclamos e da
virulência com que a imprensa tem se insurgido, contra todos os governos, com
relação à decadência estrutural do Centro Histórico, é preciso dizer que São
Luís guarda o maior acervo arquitetônico colonial do Brasil. Só para se ter uma
ideia, são 3.000 imóveis tombados pelo Patrimônio Histórico Estadual e mais
1.400 tombados pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional. Ou seja, são 5.400 edificações dependentes de preservação e reforma.
Ora, sem parcerias, sem alianças,
inclusive com a iniciativa privada e o concurso do Governo Federal, nenhum
governo estadual conseguirá recuperar e preservar todas essas edificações. A
não ser que não se ocupe em fazer mais nada no Estado. A reforma desses
prédios, grande parte deles com cuidadosos e intocáveis motivos históricos e
artísticos de séculos passados, custa os olhos da cara.
E várias são as razões da decadência desse
acervo arquitetônico, inclusive a indisponibilidade de recursos do governo
estadual para tanto, além de que grande parte dessas edificações são
propriedades particulares, pelas quais os donos perderam o interesse e deixaram
deteriorar pelo tempo e pelas intempéries exatamente pelo custo alto que
representa recuperar prédios históricos e seculares.
Observem que o mesmo não acontece com
edificações históricas como o Palácio dos Leões, o Palácio La Ravardière, o Teatro
Arthur Azevedo, Convento das Mercês, igrejas como do Carmo, Desterro e do
Rosário. Isto porque há instituições políticas, religiosas e culturais
encarregadas de zelar por essas edificações. Até porque delas se utilizam.
O projeto do deputado e secretário das
Cidades, Rubens Júnior, pretende, por meio de compensações tributárias, atrair
investidores que farão a reforma dos casarões em posse do governo do Estado,
para que os mesmos possam servir de habitação para famílias ludovicenses. Já
para apoiar o investidor que detenha a posse regular do imóvel localizado nas
áreas de atuação do Programa, o Estado disponibilizará a concessão de créditos
presumidos de ICMS no valor da reforma do imóvel, além de remissão de débitos
de origem administrativa ou judicial do particular com o Estado.
Segundo Rubens Júnior, a estratégia é
viabilizar a associação e aplicação de diversos programas existentes na área de
habitação e revitalização de sítios históricos como fontes de recursos para
execução das ações deste Programa, quer sejam recursos federais, estaduais,
estrangeiros ou de iniciativa privada.
É a melhor solução encontrada até agora.
Revitalizar o centro de SLS é muito mais que reformar imóveis, sejam eles públicos ou particulaes, de relevancia cutural ou não. O IPHAN impõe normas absurdas, as ruas estão quase intrafegáveis, toda obra pública de infra estrutura e melhoria urbana é de péssima qualidade, de vida curta, cada dia o transporte público fica mais distante, criminalidade liberada e mais uma renca de fatores tiram a força de qualquer cidadão , em sã consciencia em investir em imóveis na ZPH.
ResponderExcluir