Ex-presidente
contou ao economista Luiz Carlos Bresser-Pereira sobre seus planos; pretendente
é paulista e o visita com frequência
Lula está apaixonado e tem planos de se
casar. A revelação foi feita pelo ex-presidente ao economista Luiz Carlos
Bresser-Pereira, durante visita na última quinta-feira, em Curitiba. O
economista escreveu um texto sobre como foi a visita, chamado "Visita a
Lula na prisão", em que compartilha o que o presidente o contou. A coluna
apurou que a namorada é de São Paulo e é um amor que Lula tem desde antes de
ser preso. Ela se chama Rosângela da Silva.
A namorada visita Lula com frequência
na cela da PF e tem em torno de 40 anos, portanto é algumas décadas mais jovem
do que o ex-presidente.
Leia abaixo a íntegra do texto escrito
pelo economista.
"Na última quinta-feira eu visitei
Lula. Ele está em ótima forma física e psíquica. Sua grande preocupação agora é
com a defesa da soberania - com a união dos brasileiros para defender o Brasil
e seu povo contra isso que está aí. Sua maior demanda é a de ter reconhecida
sua inocência. Está apaixonado e seu primeiro projeto ao sair da prisão é se
casar.
Seu grande projeto é o de negociar um
grande acordo nacional em defesa dos trabalhadores e das empresas - em defesa
da soberania necessária para a retomada do desenvolvimento. No plano
internacional diz que é contra qualquer intervenção na Venezuela, mas que é
preciso reconhecer os erros de Maduro e do próprio Chávez. Conta que muitas
vezes aconselhou o Chávez, que era uma pessoa ótima, mas cabeça-dura. Ouvia os
conselhos com atenção, mas não os seguia.
Foi uma honra ter sido convidado por
Lula para visitá-lo. Ele estava mais interessado em discutir a crise atual do
que ideias. Disse-me que quando sair da prisão, vai me convidar para um almoço
só para me ouvir falar sobre câmbio. Eu lhe dei uma cópia do meu livro A
Construção Política do Brasil, onde afirmo que fez um belo governo, mas errou
em deixar o juro alto e o câmbio apreciado.
Está mais do que na hora de os
brasileiros verem Lula livre. Já é tempo de o STF reconhecer tacitamente que
ele foi vítima de uma estratégia política através da qual a Força Tarefa da
Lava Jato buscou apoio das elites liberal-conservadoras para sua carreira
política.
A política brasileira precisa de um
líder sem ressentimentos como é Lula. Livre, ele lutará pelo grande acordo nacional
que é tão necessário para o Brasil sair da crise em que está mergulhado desde
2014."
(Revista Época)
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