JM
Cunha Santos
“Anunciar
um candidato a ministro do Supremo com 18 meses de antecedência, serve para três
coisas: 1) evitar um barulhento pedido de exoneração, em face de derrotas; 2)
mobilizar outros postulantes e adversários do candidato; 3) enfraquecer ainda
mais o ministro da Justiça”.
Disse-o,
muito bem, o governador Flávio Dino.
E
agora? Onde vai morar o Dr, Moro? Não pode morar no Supremo Tribunal Federal.
Todas as dependências estão ocupadas. Não pode morar no Ministério da Justiça e
Segurança Pública que está pegando fogo sem o COAF e cheio de índios furibundos
com um governo que quer tomar suas terras.
Se
voltar para Curitiba, vai descobrir que as forças tarefas que criou com tanta
diligência para impedir a candidatura de Lula estão mais atarefadas em cuidar
que recursos vindos dos Estados Unidos, por conta da Lava Jato, caiam na conta
de suas “investigações”.
Assim,
queimado, frito, cruelmente empalado em virtude de sua derrota no Congresso e
despachado pelo próprio presidente da República, onde é que vai morar o Dr.
Moro?
O
presidente disse que Moro condicionou assumir o Ministério da Justiça e
Segurança Pública a uma futura nomeação para o STF. Se não condicionou, o
presidente da República está mentindo; se o fez, assume a carapaça de
fisiologista e perde a moral de paladino do combate às improbidades dos
políticos no Brasil.
Mas
Sérgio Moro já disse que a ideia inicial era juntar os dois ministérios para
combater a corrupção. A corrupção mais evidente no momento envolve Flávio
Bolsonaro, o filho do presidente da República, caçado pela PGR do Rio de
Janeiro. Será que Sérgio Moro tem tutano para avalizar a prisão do filho de
Jair Bolsonaro, seu incorrigível chefe político? Não tem. Da mesma forma que
não tem onde morar neste momento.
Está
cantando, ainda e por enquanto na sala de um Ministério vazio e sem função: “Moro,
onde não mora ninguém, onde não passa ninguém, onde não vive ninguém...
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