JM Cunha Santos
Estão ficando cansativos, chatos,
insuportáveis, os informativos da TV Mirante. O assunto praticamente não muda.
É buraco de manhã, buraco de tarde, buraco de noite. Têm-se a impressão de que
faltam pautas na capital e no interior a merecer a cobertura jornalística dos
repórteres.
Os repórteres estão ficando sem argumentos
redacionais, sem textos novos para cumprir a determinação da direção da
emissora em atacar o prefeito Edivaldo Holanda Júnior que somente espera o fim
do rigoroso inverno que se abate sobre a cidade para iniciar a recuperação
asfáltica de São Luís. E o mesmo fazem com outros prefeitos maranhenses nas
cidades em que pretendem disputar a próxima eleição.
Os pobres dos repórteres estão sendo
obrigados a medir a espessura, a fundura e a estatura dos buracos comprando-os
com as próprias pernas. Alguns fazem até exames de ancestralidade genética dos
buracos, num bombardeio cultural que cansa a grande e principal vítima desse
péssimo e recorrente jornalismo: o telespectador. A paternidade dos buracos
eles sempre imputam ao prefeito Edivaldo Júnior, como se não fosse histórico em
São Luís o desmantelo das vias públicas no inverno, desde sempre, desde todas
as administrações.
Experts já nessa espionagem voçoroca, a
verdade é que, enquanto repetem dia e noite essa insuportável semiótica da
escavação, os repórteres da Mirante bem que gostariam de ter uma abertura para
tratar de outros assuntos, cobrir outras pautas e crescer profissionalmente.
Mas naquele covil de fake news, onde os
últimos refugos do grupo Sarney ainda mantêm a esperança de ressuscitar
politicamente através da eleição de 2022, ninguém tem piedade de ninguém. E os
repórteres, revelando uma rara competência jornalística, produzem todos os dias
textos diferenciados sobre um assunto que é sempre o mesmo: o jornalismo
buraqueira da TV mirante em São Luís e cidades do interior do Maranhão.
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