É brutalmente
inacreditável! É provável que nem nos tribunais da Santa Inquisição algo semelhante
tenha acontecido. Isso não é Justiça; é uma suruba judicial com direito a
orgasmo político!
JM
Cunha Santos
Sérgio
Moro foi policial, delegado, promotor, juiz e carrasco nos processos oriundos da
Operação Lava Jato. Mais que isso: decidiu quem podia ou não ser investigado
pelo Ministério Público e, portanto, quem seria e quem não seria réu nos
processos que desembarcavam no Juizado de Curitiba. É isso o que revelam seus
diálogos na última publicação do Intercept Brazil.
É
a coisa mais inacreditável de que já se ouviu falar em toda a história do Poder
Judiciário no Brasil, talvez no mundo. Lula podia ser réu, Fernando Henrique
Cardoso não, porque seu apoio era muito importante. E, como Lula e FHC, outros
personagens dessa intrincada armação podem ter passado pela mesma triagem. É
provável que nem nos tribunais da Santa Inquisição algo semelhante tenha
acontecido!
O
governador Flávio Dino disse: “Um juiz, quando conduz um processo com
imparcialidade, não pensa em apoios e melindres, pensa na Constituição e na lei”.
Mas Sérgio Moro ultrapassou as fronteiras da parcialidade: escolhia os réus,
dependendo de sua inclinação política.
O
deputado Márcio Jerry disse: “As revelações até aqui apresentadas já são graves
o suficiente para provocar o imediato afastamento do ministro Sérgio Moro.
Ilegalidades flagrantes em meio a uma grande e inédita armação política que foi
determinante para o desfecho da eleição presidencial de 2018”. Sim. Lula foi
réu (e condenado) porque uma candidatura sua fulminaria o projeto eleitoral da
extrema direita, situação em que Sérgio Moro jamais seria Ministro da Justiça
e, menos ainda, Ministro do Supremo Tribunal Federal.
Fernando
Henrique não era candidato e, portanto, não ameaçava o projeto político dos
senhores hoje no poder. Não se tornou réu em Curitiba, apesar do depoimento do
inevitável Emílio Odebrecht, da empresa ora em recuperação judicial que chegou
a criar um Banco só para pagar propinas. Emílio disse que fez doações em Caixa
1 e Caixa 2 para as campanhas de Fernando Henrique Cardoso.
Greenwald
disse: “A Lava Jato fingiu investigar FHC apenas para criar percepção pública
de imparcialidade, mas Moro repreendeu”. Porque considerava FHC um aliado
potencial em sua condição de eterno adversário de Lula e do PT.
Isso
não é Justiça. É uma suruba judicial com direito a orgasmo político!
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