Em
matéria publicada pelo site El País Brasil, redigida pelo jornalista Breiller
Pires, os estados do Maranhão e Alagoas são elogiados pelas suas atuais
políticas de incentivo à leitura e investimentos em construções e reformas de
bibliotecas públicas. Segundo o texto, a realização destas ações é viável,
principalmente, por uma postura responsável das gestões com o orçamento dos
estados. Enquanto algumas cidades se endividaram para atender às faraônicas
exigências da FIFA com o intuito de sediar o evento, as capitais São Luís e Maceió
desistiram da disputa e direcionaram seus investimentos à educação, driblando a
crise econômica.
A
publicação ressalta ainda que, a partir de 2016, o governo revitalizou a rede
estadual de bibliotecas Faróis do Saber. O projeto consiste em realizar
melhorias na estrutura física, climatização, acessibilidade, ampliação de
acervo, contratação de bibliotecários e ações de incentivo à comunidade para
garantir o funcionamento dos espaços.
Em
parcerias entre Estado e municípios, do fim de 2017 até agora, foram
inauguradas ou reabertas 45 bibliotecas públicas, sendo que cinco delas em São
Luís (outras três devem começar a funcionar até o fim do ano). A capital espera
completar a primeira dezena de bibliotecas públicas ativas até o início de
2020, contando com um Farol do Saber que será inaugurado dentro da
penitenciária de Pedrinhas. A Secretaria de Estado da Cultura (Secma) e a
Secretaria de Estado da Educação (Seduc) são responsáveis pela coordenação
desses espaços.
Os Faróis
do Saber integram o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do Maranhão,
sancionado pela Lei nº 10.613, de 5 de julho de 2017. Além das 118 unidades dos
Faróis, fazem parte do Sistema Estadual todas as bibliotecas municipais, que
hoje estão em 158 municípios, além das bibliotecas comunitárias.
Tradição
O El País
comenta que, apesar de décadas do descaso, o estímulo à leitura é uma marca da
origem do estado. Fechada entre 2009 e 2013 por risco de desabamento, a
Biblioteca Pública Benedito Leite é a segunda mais antiga do Brasil (fundada em
1829). Foram aplicados R$ 7 milhões na reforma de seu prédio colonial
neoclássico, além da renovação do acervo que, hoje, tem aproximadamente 140.000
obras.
Além das
iniciativas estaduais, a Prefeitura de São Luís tem investido em unidades
móveis, renovado o acervo de novas escolas municipais com 3.000 livros (alguns
digitais), ofertado cursos de literatura infantil para professores e fomentado
obras de escritores locais em parceria com a Academia Maranhense de Letras.
Compromisso
com a democratização da leitura
Segundo o
último Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
(INEP), o Maranhão é o estado que mais construiu bibliotecas escolares nos
últimos dois anos. Logo no primeiro ano de gestão, o governador Flávio Dino
lançou o programa Escola Digna, que garante reformas e construções de
instituições de ensino com a inclusão de, pelo menos, uma biblioteca.
Outras
ações estão em andamento, como um edital para contratação de 94 bibliotecários,
aquisição de acervo e equipamentos e ações de incentivo à leitura para
comunidade para facilitar o acesso à educação e cultura.
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