quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Auditor da Lava Jato preso por extorsão é o mesmo que fez devassa no Instituto Lula




De acordo com nota divulgada pelo Instituto Lula, o auditor fiscal Marco Aurélio da Silva Canal, preso nesta quarta-feira (2) em uma operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, é o mesmo que chefiou a devassa nas contas do Instituto, que resultaram em penalidades que ultrapassam os R$ 18 milhões.
Além disso, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, apontou Canal como o responsável pela produção de dossiês contra ele e sua mulher e outras 133 autoridades. Ele era supervisor nacional da Equipe Especial de Programação da Lava Jato, setor responsável por aplicar multas aos acusados por sonegação fiscal.
Canal, que é supervisor de programação da Receita Federal na Lava Jato, é apontado como líder da quadrilha. No total, foram cumpridos 11 mandados de prisão.
Leia abaixo a nota do Instituto Lula na íntegra:
Entre outubro de 2015 e abril de 2018, as contas do Instituto Lula foram alvo de uma minuciosa devassa chefiada por Marco Aurélio. Desde o início, o Instituto denunciou desde o início o uso político da investigação. Em nota oficial publicada em 20 de agosto de 2016, denunciamos o vazamento de dados e decisões da auditoria à imprensa antes mesmo que o Instituto tomasse conhecimento. Ao mesmo tempo, sempre colaboramos com as investigações, cientes de que não temos nada a esconder.
No entanto, após essa devassa, os auditores disseram ter encontrado “desvio de finalidade” em valores que somam cerca de R$ 365 mil em x anos. Entre os “desvios” estavam, por exemplo, o pagamento da passagem de R$ 936 para um segurança que acompanhou o ex-presidente no velório do vice-presidente José Alencar. Para os auditores, foi uma despesa “que diz respeito exclusivamente ao interesse particular do ex-presidente”. Também foi considerado desvio o pagamento do intérprete que acompanhou Lula quando o ex-presidente recebeu prêmio de doutor honoris-causa na Bolívia. O Instituto a obrigação estatutária de preservar e defender o legado do ex-presidente Lula. 
Como resultado, a auditoria convocada pelo fiscal preso hoje resultou numa multa impagável de mais de R$ 18 milhões, valor quase 50 vezes maior do que o valor que os próprios auditores consideraram desalinhado ao propósito do Instituto. Mais do que isso, a auditoria rendeu diversos vazamentos e matérias na imprensa, que serviram para alimentar a investida política e judicial contra o ex-presidente e o projeto de país que tem nele seu maior símbolo. 
Com informações Revista Fórum

Um comentário:

  1. Putz, que meleca...foi ou não foi orquestrada perseguição aO LULA, por mais que pensasse ser teoria da conspiração por parte de minha cabeça, hoje as provas que surgem estão provando que houve algo muito errado sim, apesar do que se sabe de crimes que houveram.
    ps. Carinho respeito e abraço.
    ps. Gostaria que lesse meu último post, tem uma levada política que nunca experimentei antes..

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