Depois do vídeo nazista
de Roberto Alvim, dos ataques de Abraham Weintraub ao Sistema Nacional de
Educação, do lema nazista da campanha de Jair Bolsonaro, um Secretário de
Rondônia manda recolher das escolas estaduais algumas das principais obras da
literatura brasileira. O nazismo já está aqui.
JM
Cunha Santos
Nazistas
e fascistas ocupando a Secretaria Especial da Cultura e o Ministério da
Educação e, agora, o episódio de Rondônia, em que o secretário da Educação
manda recolher das escolas estaduais algumas das principais obras da literatura
brasileira, a exemplo de “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, “Macunaíma”, de
Mario de Andrade e “Memórias Póstumas de Brás Cubas” de Machado de Assis. Sob a
alegação de que são inadequadas para estudantes do ensino médio.
Enquanto
pasmo, aparvalhado, com o nível de estupidez que grassa na administração
pública, penso que já é hora do brasileiro começar a agir para se livrar do
vírus do nazismo, a face mais cruel, racista e intolerante do fascismo,
inoculado no governo Bolsonaro e entre seus apoiadores, como o governador de
Rondônia, Marcos Rocha.
Este
é um governo para quem índios são quase humanos, funcionários públicos são
parasitas, as ciências sociais nem deveriam existir, nordestinos são uma ameaça
a ser contida. Xenofobia, racismo, misoginia, perseguição à imprensa e a
produtores culturais, tudo o que mancha a história da humanidade parece ser
apanágio desse governo. Até Satanás já subiu dos infernos para produzir um
vídeo para o senhor Roberto Alvim, ex-secretário Especial de Cultura, exaltando
pronunciamento do chefe da propaganda nazista, Joseph Goebbels. E, não cansemos
de repetir, o lema da campanha de Jair Bolsonaro, “Brasil acima de tudo. Deus
acima de todos”, foi apenas uma cópia cuspida e escarrada do lema da campanha
de Adolf Hitler.
O
furibundo filósofo de extrema direita Olavo de Carvalho está oferecendo aulas
gratuitas para policiais militares no Brasil. É clara a intenção do senhor
Abraham Waintraub de destruir o Sistema Nacional de Educação. Decreta, por
incompetência e a bordo de uma inusitada carnificina ideológica, o descalabro no
ENEM, no SISU, no PROUNI, enquanto o país se afoga num lamaçal de inapetência
administrativa jamais visto em sua história.
Livros
sempre foram encarados como ameaças por governos autoritários. Desde que
incendiaram a Biblioteca de Alexandria que, segundo consta, guardava 700 mil
títulos de autores de todo o mundo. Desde que os nazistas transformaram a
queima de livros em praça pública num ritual obrigatório de escolas militares
nas quais crianças entre 6 e 10 anos de idade foram submetidas a um terrível
processo de lavagem cerebral.
São, todos esses, sinais de que, pelo menos como
ideia preconcebida no governo, o nazismo já está aqui. E se há um esforço da
China e de todo o mundo para conter o Coronavirus, não tenham dúvidas, o vírus
do nazismo é muito mais perigoso e milhões de vezes mais letal.
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