sábado, 8 de fevereiro de 2020

O Brasil precisa se livrar do vírus do nazismo, muito mais perigoso e milhões de vezes mais letal que o Coronavirus

Depois do vídeo nazista de Roberto Alvim, dos ataques de Abraham Weintraub ao Sistema Nacional de Educação, do lema nazista da campanha de Jair Bolsonaro, um Secretário de Rondônia manda recolher das escolas estaduais algumas das principais obras da literatura brasileira. O nazismo já está aqui.

JM Cunha Santos


Nazistas e fascistas ocupando a Secretaria Especial da Cultura e o Ministério da Educação e, agora, o episódio de Rondônia, em que o secretário da Educação manda recolher das escolas estaduais algumas das principais obras da literatura brasileira, a exemplo de “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, “Macunaíma”, de Mario de Andrade e “Memórias Póstumas de Brás Cubas” de Machado de Assis. Sob a alegação de que são inadequadas para estudantes do ensino médio.
Enquanto pasmo, aparvalhado, com o nível de estupidez que grassa na administração pública, penso que já é hora do brasileiro começar a agir para se livrar do vírus do nazismo, a face mais cruel, racista e intolerante do fascismo, inoculado no governo Bolsonaro e entre seus apoiadores, como o governador de Rondônia, Marcos Rocha.  
Este é um governo para quem índios são quase humanos, funcionários públicos são parasitas, as ciências sociais nem deveriam existir, nordestinos são uma ameaça a ser contida. Xenofobia, racismo, misoginia, perseguição à imprensa e a produtores culturais, tudo o que mancha a história da humanidade parece ser apanágio desse governo. Até Satanás já subiu dos infernos para produzir um vídeo para o senhor Roberto Alvim, ex-secretário Especial de Cultura, exaltando pronunciamento do chefe da propaganda nazista, Joseph Goebbels. E, não cansemos de repetir, o lema da campanha de Jair Bolsonaro, “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”, foi apenas uma cópia cuspida e escarrada do lema da campanha de Adolf Hitler.
O furibundo filósofo de extrema direita Olavo de Carvalho está oferecendo aulas gratuitas para policiais militares no Brasil. É clara a intenção do senhor Abraham Waintraub de destruir o Sistema Nacional de Educação. Decreta, por incompetência e a bordo de uma inusitada carnificina ideológica, o descalabro no ENEM, no SISU, no PROUNI, enquanto o país se afoga num lamaçal de inapetência administrativa jamais visto em sua história.
Livros sempre foram encarados como ameaças por governos autoritários. Desde que incendiaram a Biblioteca de Alexandria que, segundo consta, guardava 700 mil títulos de autores de todo o mundo. Desde que os nazistas transformaram a queima de livros em praça pública num ritual obrigatório de escolas militares nas quais crianças entre 6 e 10 anos de idade foram submetidas a um terrível processo de lavagem cerebral.
São, todos esses, sinais de que, pelo menos como ideia preconcebida no governo, o nazismo já está aqui. E se há um esforço da China e de todo o mundo para conter o Coronavirus, não tenham dúvidas, o vírus do nazismo é muito mais perigoso e milhões de vezes mais letal.

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