segunda-feira, 30 de março de 2020

Bolsonaro quer uma multidão de cadáveres para justificar a implantação de sua tão sonhada ditadura


Se 7 mil cadáveres de brasileiros empobrecidos não são nada para suas ganâncias, Senhor Júnior Durski, certamente o são para Deus e, portanto, os lugares de todos vocês já estão reservados no inferno.

JM Cunha Santos


Contra o mundo inteiro e todos os médicos e cientistas do planeta, Bolsonaro insiste em pôr fim ao isolamento social no Brasil. Ele mesmo declarou: “Algumas pessoas vão morrer. Paciência. Todo mundo vai morrer um dia”. E tem o apoio de empresários genocidas que só conseguem pensar nos próprios bolsos, como Luciano Hang, dono das lojas Havan, Júnior Durski, dono da rede de restaurantes Madero e Roberto Justus, famoso pela apresentação do reality show “O Aprendiz”.
Esses homens fizeram declarações similares ou piores ainda que as de Jair Bolsonaro. Júnior Durski disse: “Não podemos parar por causa de 5 ou 7 mil pessoas que vão morrer”. E acrescentou: “Tava melhorando muito (para ele). Não cabe aos infectologistas decidir quem tem que parar”. Essa declaração mereceu o rebate de um internauta: “Coloque sua mãe e seus filhos nestes 7 mil mortos que o senhor mencionou. Não deseje para os outros o que jamais queira que aconteça com você”.
Roberto Justus declarou: Está preocupado com os pobres? Você vai ver a vida devastada da humanidade na hora do colapso econômico, da recessão mundial, do pobre não ter o que comer, dos empresários fecharem, do desemprego em massa. Não dá para comparar com um viruszinho, que é uma gripezinha para 90% da população”. Como se pobre, hoje, comesse bem no Brasil; como se desemprego ainda assustasse num país com 12 milhões de desempregados.
Justus ainda acrescentou: “Não tem uma pessoa que morreu que já não tivesse outra doença”. Ele acha que pouco importa se quem já está doente morrer.
Luciano Hang declarou: “Pra mim, Luciano, é muito simples. Então eu simplesmente fecho as lojas, cancelo todos os pedidos de todos os fornecedores. Tenho dinheiro para pagar todos e vai sobrar dinheiro no meu bolso. E aí eu vou pegar e vou pra praia, né”?
Esse arrogante ainda humilha a população empobrecida com seu dinheiro maldito.
E, assim, Bolsonaro vai conseguindo o que queria: jogar grandes empresários e comerciantes contra a classe política, as autoridades que, junto com o povo, lutam para evitar o alastramento da pandemia de coronavírus no Brasil.
Não importa o número de mortos. Importa a Bolsonaro é que tenha apoio das elites para, se possível, implantar no Brasil sua tão sonhada ditadura, com direito a Ato Institucional N 5 e tudo, como pregou seu filho.
E, enquanto fingem que estão preocupados com os pobres, esses empresários bolsonaristas fingem também que não sabem do desastre a que esse posicionamento levou a Espanha, a Itália com 11 mil cadáveres sendo transportados em caminhões do Exército para cremação, sem direito às despedidas de seus filhos, mães e pais. Fingem que não sabem que, por não adotar o distanciamento social, os Estados Unidos têm, hoje, 140 mil infectados pelo coronavírus. Ou esperam que o mesmo aconteça no Brasil.
Todos vão morrer um dia, Jair Bolsonaro. Mas os brasileiros não precisam morrer agora.
Quem está doente não tem que, necessariamente morrer, Roberto Justus.
Feche as lojas e vá para a praia, Luciano Hang. Leve consigo sua impiedade e curta, livre de impostos, os malditos prazeres de sua exploração capitalista.
Se 7 mil cadáveres de brasileiros empobrecidos não são nada para suas ganâncias, Senhor Júnior Durski, certamente o são para Deus e, portanto, os lugares de todos vocês já estão reservados no inferno.

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