Se 7 mil cadáveres de
brasileiros empobrecidos não são nada para suas ganâncias, Senhor Júnior
Durski, certamente o são para Deus e, portanto, os lugares de todos vocês já
estão reservados no inferno.
JM
Cunha Santos
Contra
o mundo inteiro e todos os médicos e cientistas do planeta, Bolsonaro insiste
em pôr fim ao isolamento social no Brasil. Ele mesmo declarou: “Algumas pessoas
vão morrer. Paciência. Todo mundo vai morrer um dia”. E tem o apoio de
empresários genocidas que só conseguem pensar nos próprios bolsos, como Luciano
Hang, dono das lojas Havan, Júnior Durski, dono da rede de restaurantes Madero
e Roberto Justus, famoso pela apresentação do reality show “O Aprendiz”.
Esses
homens fizeram declarações similares ou piores ainda que as de Jair Bolsonaro.
Júnior Durski disse: “Não podemos parar por causa de 5 ou 7 mil pessoas que vão
morrer”. E acrescentou: “Tava melhorando muito (para ele). Não cabe aos
infectologistas decidir quem tem que parar”. Essa declaração mereceu o rebate
de um internauta: “Coloque sua mãe e seus filhos nestes 7 mil mortos que o
senhor mencionou. Não deseje para os outros o que jamais queira que aconteça
com você”.
Roberto
Justus declarou: Está preocupado com os pobres? Você vai ver a vida devastada
da humanidade na hora do colapso econômico, da recessão mundial, do pobre não
ter o que comer, dos empresários fecharem, do desemprego em massa. Não dá para
comparar com um viruszinho, que é uma gripezinha para 90% da população”. Como
se pobre, hoje, comesse bem no Brasil; como se desemprego ainda assustasse num
país com 12 milhões de desempregados.
Justus
ainda acrescentou: “Não tem uma pessoa que morreu que já não tivesse outra
doença”. Ele acha que pouco importa se quem já está doente morrer.
Luciano
Hang declarou: “Pra mim, Luciano, é muito simples. Então eu simplesmente fecho
as lojas, cancelo todos os pedidos de todos os fornecedores. Tenho dinheiro
para pagar todos e vai sobrar dinheiro no meu bolso. E aí eu vou pegar e vou
pra praia, né”?
Esse
arrogante ainda humilha a população empobrecida com seu dinheiro maldito.
E,
assim, Bolsonaro vai conseguindo o que queria: jogar grandes empresários e
comerciantes contra a classe política, as autoridades que, junto com o povo,
lutam para evitar o alastramento da pandemia de coronavírus no Brasil.
Não
importa o número de mortos. Importa a Bolsonaro é que tenha apoio das elites para,
se possível, implantar no Brasil sua tão sonhada ditadura, com direito a Ato
Institucional N 5 e tudo, como pregou seu filho.
E,
enquanto fingem que estão preocupados com os pobres, esses empresários
bolsonaristas fingem também que não sabem do desastre a que esse posicionamento
levou a Espanha, a Itália com 11 mil cadáveres sendo transportados em caminhões
do Exército para cremação, sem direito às despedidas de seus filhos, mães e pais.
Fingem que não sabem que, por não adotar o distanciamento social, os Estados
Unidos têm, hoje, 140 mil infectados pelo coronavírus. Ou esperam que o mesmo
aconteça no Brasil.
Todos
vão morrer um dia, Jair Bolsonaro. Mas os brasileiros não precisam morrer agora.
Quem
está doente não tem que, necessariamente morrer, Roberto Justus.
Feche
as lojas e vá para a praia, Luciano Hang. Leve consigo sua impiedade e curta,
livre de impostos, os malditos prazeres de sua exploração capitalista.
Se
7 mil cadáveres de brasileiros empobrecidos não são nada para suas ganâncias,
Senhor Júnior Durski, certamente o são para Deus e, portanto, os lugares de
todos vocês já estão reservados no inferno.
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