Não vamos participar de
nenhuma guerra civil; não vamos nos matar, senhores; não vamos dar esse gosto
ao Diabo que se assenhoreou de suas almas. Ainda há tempo: peçam perdão a Deus.
JM
Cunha Santos
Jair
Bolsonaro é, sem sombra de dúvida, um enviado do demônio. Como o foram Hitler e
Mussolini, precursores de uma guerra mundial que matou em torno de 50 milhões
de pessoas. Seu poder (De Bolsonaro) tem origem nas mesmas seitas satânicas que
se organizaram nos Estados Unidos para eleger Donald Trump, os chamados “Homens
da Bíblia”, radicais lunáticos que pregam a guerra santa e estimulam
carnificinas religiosas e ideológicas em diversos países e, ao que parece, só
tem chances de sucesso, por enquanto, no Brasil.
Militar
expulso do Exército com desonra, os desvios psicológicos fazem com que Bolsonaro
se sinta agora quase um semideus, principalmente pelo poder de dar ordens aos generais
que, na sua visão alucinada, de quem tentou explodir a Academia de Agulhas
Negras e o sistema de águas do Rio de Janeiro, o humilharam e expulsaram das
Forças Armadas.
Foi
com essa visão patética, fruto de sua própria demência doutrinária, que
militarizou o serviço público, sendo que o último front foi o Ministério da
Saúde. Ordenou e foi obedecido na missão de fazer o povo brasileiro engolir
Cloroquina, a despeito de todas as recomendações médicas mundiais em contrário.
Muitas
pessoas não acreditam no poder subterrâneo do mal. Bom, eu também não
acreditava. Mas como se explica que um homem que fez campanha de metralhadora
em punho, que acena com o direito das polícias matarem qualquer cidadão sem dar
sequer explicações, que ameaça armar a população para uma guerra civil em seu
país e que faz pouco caso dos mais de 22 mil cadáveres da covid-19 no Brasil,
se torne o ídolo e irmão de sangue dos evangélicos?
Como
se explica que tenha conseguido colocar lado a lado de evangélicos que até
ontem pregavam o amor de Deus, com a mesma Bíblia, mas também com armas de fogo
nas mãos, milicianos, assassinos de aluguel, torturadores, racistas, xenófobos,
homofóbicos, misóginos e tudo aquilo que o Diabo ama?
Como
se explica que generais da reserva, homens velhos como eu, depois de assistirem
àquela reunião ministerial digna do mais baixo conclave de mafiosos e
baderneiros, ainda queiram este senhor Bolsonaro como presidente do Brasil?
Logo eles, tão ciosos da ordem, do respeito, da moral, dos bons costumes e do
amor pela Pátria?
Trata-se,
sem sombras de dúvidas – e custa muito a todas as minhas entranhas afirmar isso
– de um fascínio diabólico, demoníaco, algo somente explicável sob o prisma
fundamentalista de um fanatismo que beira à insanidade coletiva; é a presença
inextricável do Diabo, a vitória dos maus espíritos que purgam seus pecados
perdidos no universo; são, sim, sentimentos sobrenaturais de ódio e horror
dominando as mais improváveis almas.
Não
podemos fazer o que eles querem. Não podemos nós brasileiros nos matarmos entre
nós mesmos para satisfazer a sede de sangue de uma gente sem Deus, apátridas
que só enxergam o Poder.
Não vamos participar de nenhuma guerra civil. Não
vamos nos matar, senhores. Não vamos dar esse gosto ao Diabo que se assenhoreou
de suas almas. Ainda há tempo: peçam perdão a Deus.
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