segunda-feira, 25 de maio de 2020

Guerra civil: eles querem os brasileiros se matando em praça pública; não vamos dar esse gostinho ao Diabo

Não vamos participar de nenhuma guerra civil; não vamos nos matar, senhores; não vamos dar esse gosto ao Diabo que se assenhoreou de suas almas. Ainda há tempo: peçam perdão a Deus.

JM Cunha Santos


Jair Bolsonaro é, sem sombra de dúvida, um enviado do demônio. Como o foram Hitler e Mussolini, precursores de uma guerra mundial que matou em torno de 50 milhões de pessoas. Seu poder (De Bolsonaro) tem origem nas mesmas seitas satânicas que se organizaram nos Estados Unidos para eleger Donald Trump, os chamados “Homens da Bíblia”, radicais lunáticos que pregam a guerra santa e estimulam carnificinas religiosas e ideológicas em diversos países e, ao que parece, só tem chances de sucesso, por enquanto, no Brasil.
Militar expulso do Exército com desonra, os desvios psicológicos fazem com que Bolsonaro se sinta agora quase um semideus, principalmente pelo poder de dar ordens aos generais que, na sua visão alucinada, de quem tentou explodir a Academia de Agulhas Negras e o sistema de águas do Rio de Janeiro, o humilharam e expulsaram das Forças Armadas.
Foi com essa visão patética, fruto de sua própria demência doutrinária, que militarizou o serviço público, sendo que o último front foi o Ministério da Saúde. Ordenou e foi obedecido na missão de fazer o povo brasileiro engolir Cloroquina, a despeito de todas as recomendações médicas mundiais em contrário.
Muitas pessoas não acreditam no poder subterrâneo do mal. Bom, eu também não acreditava. Mas como se explica que um homem que fez campanha de metralhadora em punho, que acena com o direito das polícias matarem qualquer cidadão sem dar sequer explicações, que ameaça armar a população para uma guerra civil em seu país e que faz pouco caso dos mais de 22 mil cadáveres da covid-19 no Brasil, se torne o ídolo e irmão de sangue dos evangélicos?
Como se explica que tenha conseguido colocar lado a lado de evangélicos que até ontem pregavam o amor de Deus, com a mesma Bíblia, mas também com armas de fogo nas mãos, milicianos, assassinos de aluguel, torturadores, racistas, xenófobos, homofóbicos, misóginos e tudo aquilo que o Diabo ama?
Como se explica que generais da reserva, homens velhos como eu, depois de assistirem àquela reunião ministerial digna do mais baixo conclave de mafiosos e baderneiros, ainda queiram este senhor Bolsonaro como presidente do Brasil? Logo eles, tão ciosos da ordem, do respeito, da moral, dos bons costumes e do amor pela Pátria?
Trata-se, sem sombras de dúvidas – e custa muito a todas as minhas entranhas afirmar isso – de um fascínio diabólico, demoníaco, algo somente explicável sob o prisma fundamentalista de um fanatismo que beira à insanidade coletiva; é a presença inextricável do Diabo, a vitória dos maus espíritos que purgam seus pecados perdidos no universo; são, sim, sentimentos sobrenaturais de ódio e horror dominando as mais improváveis almas.
Não podemos fazer o que eles querem. Não podemos nós brasileiros nos matarmos entre nós mesmos para satisfazer a sede de sangue de uma gente sem Deus, apátridas que só enxergam o Poder.
Não vamos participar de nenhuma guerra civil. Não vamos nos matar, senhores. Não vamos dar esse gosto ao Diabo que se assenhoreou de suas almas. Ainda há tempo: peçam perdão a Deus.

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