domingo, 21 de junho de 2020

Frederick Wassef, advogado de Flávio Bolsonaro que escondeu Fabrício Queiroz, foi membro de uma seita satânica acusada de matar crianças no Paraná e no Pará


JM Cunha Santos


Sempre vi coisas muito estranhas no governo Jair Bolsonaro, nas pessoas em torno do governo Jair Bolsonaro, desde o começo, dos primeiros atos, das primeiras intenções.
A primeira delas foi o slogan da própria campanha, “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” - uma cópia abonada da campanha de Hitler. Depois, o ódio pela Ciência e pela imprensa, o terraplanismo escarrado de seitas medievais, a estrepitosa proposta de “Escola sem Partido”, o ódio brutal nas redes sociais, a campanha armamentista e aqueles grupos nazifascistas, ainda muito mais estranhos, às portas da residência oficial do presidente.
Quando vi fotos de evangélicos guiados por pastores endiabrados fazendo “arminha” nos cultos e vi seguidores usando textos bíblicos, inclusive manifestações do próprio Jesus Cristo, para erigir Jair Bolsonaro à condição de “Novo Messias”, não tive mais dúvidas: o Diabo chegou, está tomando conta de tudo e não avisou pra ninguém.
Fui pesquisar a eleição de Donald Trump e lá encontrei “Os Homens da Bíblia”, bilionários norte-americanos financiando seitas e heresias em defesa da eleição do novo “apóstolo” da extrema direita nos Estados Unidos. Trump, o ídolo máximo de Jair Bolsonaro.
Alertei sobre a presença de seitas satânicas copiadas dos EUA no Brasil, alinhadas a esse mesmo projeto de poder e riram de mim. Riram cedo demais. Uma advogada do Rio Grande do Sul tinha proposto o estupro e assassinato das filhas dos ministros do STF. E isso não tem nada a ver com política; isso só pode ser coisa do Satanás.
Deparo agora com uma velha história dos anos 90. Registra o envolvimento de Frederick Wassef com a seita satânica LUS (Lineamento Universal Superior) acusada de emascular e matar duas crianças no município de Guaratuba, no Paraná - o rumoroso caso das “Bruxas de Guaratuba”. Conforme relatou a revista “Manchete” na época, a “sacerdotisa” da seita, Valentina de Andrade é autora do livro “Deus, a grande farsa” e Wassef era seguidor de Valentina por compartilhar as mesmas ideias e, segundo a polícia, além de integrante, responsável por propagar a seita no estado de São Paulo.
A história das “Bruxas de Guaratuba” é longa e, com a prisão de Fabrício Queiroz na casa de Frederick Wassef, está em vários sites e publicações na internet. As esposa e filha do prefeito local, Celina e Beatriz Abagge faziam parte da seita. Beatriz foi condenada a 21 anos de prisão, a “sacerdotisa” Valentina de Andrade foi absolvida por falta de provas e Frederick Wassef nunca foi nem sequer indiciado.
Frederick Wassesf aparece envolvido com a mesma seita em Altamira, no Pará, conforme noticiou no último dia 16 o jornal “O Liberal”. Desta feita, na condição de advogado de defesa de Valentina de Andrade, mais uma vez acusada de mentora intelectual de assassinatos de crianças entre 8 e 14 anos de idade. Desses, 5 corpos nunca foram encontrados, 3 crianças sobreviveram e 11 foram assassinadas e castradas.
Dois médicos, Anísio Ferreira de Sousa e Césio Caldas Brandão foram os responsáveis por emascular as crianças. No caso de Altamira, Valentina de Andrade também foi absolvida por falta de provas, o médico Anísio Ferreira de Sousa foi condenado a 77 anos de prisão e Césio Brandão Caldas a 56 anos.
Como se vê, tem muita gente estranha no entorno do governo Bolsonaro. Wassef, além de tudo, é dono de um apelido também esquisito, “O Anjo”, que até agora ninguém disse de onde veio. No escritório dele, onde Fabrício Queiroz foi preso, tinha uma faixa do AI-5 e a placa na entrada do escritório indica “Wassef & Sonneburg”. Sonneburg foi um dos primeiros campos de concentração da Alemanha nazista, mas é um sobrenome que se refere a uma outra advogada da família Bolsonaro.
Fica a pergunta: porque a família do presidente da República teria um sujeito com essa suspeita por advogado? Ou vão dizer que não tinham conhecimento do envolvimento de Wassef com a seita?

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