JM
Cunha Santos
Sempre
vi coisas muito estranhas no governo Jair Bolsonaro, nas pessoas em torno do
governo Jair Bolsonaro, desde o começo, dos primeiros atos, das primeiras
intenções.
A
primeira delas foi o slogan da própria campanha, “Brasil acima de tudo, Deus
acima de todos” - uma cópia abonada da campanha de Hitler. Depois, o ódio pela
Ciência e pela imprensa, o terraplanismo escarrado de seitas medievais, a
estrepitosa proposta de “Escola sem Partido”, o ódio brutal nas redes sociais,
a campanha armamentista e aqueles grupos nazifascistas, ainda muito mais
estranhos, às portas da residência oficial do presidente.
Quando
vi fotos de evangélicos guiados por pastores endiabrados fazendo “arminha” nos
cultos e vi seguidores usando textos bíblicos, inclusive manifestações do
próprio Jesus Cristo, para erigir Jair Bolsonaro à condição de “Novo Messias”,
não tive mais dúvidas: o Diabo chegou, está tomando conta de tudo e não avisou
pra ninguém.
Fui
pesquisar a eleição de Donald Trump e lá encontrei “Os Homens da Bíblia”,
bilionários norte-americanos financiando seitas e heresias em defesa da eleição
do novo “apóstolo” da extrema direita nos Estados Unidos. Trump, o ídolo máximo
de Jair Bolsonaro.
Alertei
sobre a presença de seitas satânicas copiadas dos EUA no Brasil, alinhadas a
esse mesmo projeto de poder e riram de mim. Riram cedo demais. Uma advogada do
Rio Grande do Sul tinha proposto o estupro e assassinato das filhas dos
ministros do STF. E isso não tem nada a ver com política; isso só pode ser
coisa do Satanás.
Deparo
agora com uma velha história dos anos 90. Registra o envolvimento de Frederick
Wassef com a seita satânica LUS (Lineamento Universal Superior) acusada de
emascular e matar duas crianças no município de Guaratuba, no Paraná - o
rumoroso caso das “Bruxas de Guaratuba”. Conforme relatou a revista “Manchete”
na época, a “sacerdotisa” da seita, Valentina de Andrade é autora do livro “Deus,
a grande farsa” e Wassef era seguidor de Valentina por compartilhar as mesmas
ideias e, segundo a polícia, além de integrante, responsável por propagar a
seita no estado de São Paulo.
A
história das “Bruxas de Guaratuba” é longa e, com a prisão de Fabrício Queiroz
na casa de Frederick Wassef, está em vários sites e publicações na internet. As
esposa e filha do prefeito local, Celina e Beatriz Abagge faziam parte da
seita. Beatriz foi condenada a 21 anos de prisão, a “sacerdotisa” Valentina de
Andrade foi absolvida por falta de provas e Frederick Wassef nunca foi nem
sequer indiciado.
Frederick
Wassesf aparece envolvido com a mesma seita em Altamira, no Pará, conforme
noticiou no último dia 16 o jornal “O Liberal”. Desta feita, na condição de
advogado de defesa de Valentina de Andrade, mais uma vez acusada de mentora
intelectual de assassinatos de crianças entre 8 e 14 anos de idade. Desses, 5
corpos nunca foram encontrados, 3 crianças sobreviveram e 11 foram assassinadas
e castradas.
Dois
médicos, Anísio Ferreira de Sousa e Césio Caldas Brandão foram os responsáveis
por emascular as crianças. No caso de Altamira, Valentina de Andrade também foi
absolvida por falta de provas, o médico Anísio Ferreira de Sousa foi condenado a
77 anos de prisão e Césio Brandão Caldas a 56 anos.
Como
se vê, tem muita gente estranha no entorno do governo Bolsonaro. Wassef, além
de tudo, é dono de um apelido também esquisito, “O Anjo”, que até agora ninguém
disse de onde veio. No escritório dele, onde Fabrício Queiroz foi preso, tinha
uma faixa do AI-5 e a placa na entrada do escritório indica “Wassef &
Sonneburg”. Sonneburg foi um dos primeiros campos de concentração da Alemanha
nazista, mas é um sobrenome que se refere a uma outra advogada da família
Bolsonaro.
Fica
a pergunta: porque a família do presidente da República teria um sujeito com
essa suspeita por advogado? Ou vão dizer que não tinham conhecimento do
envolvimento de Wassef com a seita?
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