JM
Cunha Santos
Mas
estou aqui para dizer que adoro ler livros que dizem o que eu já sabia, mas não
sabia que sabia. E, lendo A guerra contra
o Brasil – como os EUA se uniram a uma organização criminosa para destruir o
sonho brasileiro, do sociólogo Jessé Sousa, percebo que colocaram em curso
no país uma guerra contra os pobres que se alimenta de uma guerra entre os
pobres.
Acontece
quando as redes sociais disparam ódio político e social para todos os lados,
quando pregam uma dominação militar no país, quando alimentam a ideia de uma
guerra civil sediada no populismo fascista, quando empresários financiam a
escavação ética dos adversários do governo, com apoio, inclusive, de figuras
abjetas como o pastor Silas Malafaia, a ponto de fazer Jesus Cristo “pegar em
armas”, a partir de uma singular e alucinada interpretação dos Velho e Novo Testamentos.
O
livro me leva a refletir que um povo que ainda depende de merenda escolar e
bolsa família para comer, não tem razões para se considerar um povo livre.
Ainda mais que esse povo, historicamente forçado ao analfabetismo, está na
despensa intelectual de uma classe média ineficiente que, por sua vez,
sobrevive de sobras de recursos públicos. Chega a doer quando Jessé Souza cifra
que “trabalhar era coisa de gentinha, de servos e escravos; bonito e honroso
era não precisar trabalhar”.
Acho
que ainda é assim e que o imperialismo histórico anglo-americano mais uma vez
apontou suas armas na direção do Brasil, usando velhas táticas com novas
fórmulas. Precisava aqui, o maior e mais rico país da América Latina, de um
tiranete sem nenhuma sofisticação ideológica, sem nenhum escrúpulo humanitário,
para estender seus tentáculos sobre todo o continente, já que se sente ameaçado
pela hegemonia comercial asiática que vem principalmente da China. E viu esse
homem em Jair Bolsonaro, um político com origem nas milícias, um atordoado
militar que pensou em explodir a Academia de Agulhas Negras e o sistema de Águas
do Rio de Janeiro em troca de alguns trocados a mais em seu salário de tenente.
Os
imperadores associados à campanha bolsonarista usaram para tanto as novas
tecnologias da internet, contaminando, inicialmente, os ideários evangélico e
policial. Por via da robotização das redes sociais, gerenciada pelo pensamento
extremista moderno de direita, criou no Brasil o que ouso chamar a “Nova Ordem
do Ódio”. De repente estavam aqui, mais escancarados e pulsantes, o racismo, a
xenofobia, a misoginia, o horror às nações indígenas e às políticas públicas de
proteção ao meio ambiente, à Ciência e à liberdade de expressão e o
armamentismo, fazendo surgir de cantões ignorados do país, grupos antidemocráticos
(como madeireiros e empresários corruptos) convencidos de que somente um regime
ditatorial pode garantir seus privilégios.
A
base para tornar essa guerra inevitável, diria Jessé Souza, é uma ideologia
que, ao penetrar na mente do oprimido, retira e enfraquece suas defesas. As
pregações utilitaristas nas redes sociais, sofisticadas com a movimentação de
milhares de canais no Youtube, jogaram a classe média contra os pobres, os
pobres contra a classe média, os pobres contra os pobres e isolaram as elites
de toda essa confusão, num patamar dos deuses. O governo emprega trilhões no
socorro a bancos e grandes empresas em nome da pandemia, mas sonega o socorro
real que as classes oprimidas precisam nessa hora.
A
guerra dos pobres contra os pobres está, portanto, lançada. E isso pode ser
percebido no ódio com que a polícia de São Paulo (pobres) investe contra o
cidadão comum, (pobres); está no asco arrepiante de alguns pastores evangélicas
pela democracia, na violência e no ódio pornô que se tornaram o alimento
imprescindível das redes sociais no Brasil. Registrando-se que, num primeiro
momento, as forças democráticas não tiveram nem sequer condições de reagir a
esse plano virtual diabólico; primeiro
pela surpresa, em seguida pela presença do vírus letal que impôs isolamento a
todos os brasileiros. Quanto às forças do nazisatanismo (estou lembrando de
Wassef) já deixaram bem claro que não estão nem aí para os 50 mil mortos do
coronavírus no pais. Exigem o poder absoluto, total, às custas de quantas
mortes e quanto sangue for necessário. A “Nova Ordem do Ódio” ainda não desistiu
de assistir, de cátedra e em segurança nos seus guetos milionários, à guerra
dos pobres contra os pobres que sedimentaram no Brasil.
Nem
sei se cabe aqui um “Pai, perdoai-os, eles não sabem o que fazem”; sei,
todavia, que o Brasil precisa reencontrar a sua paz.
Jamais abandonaremos o presidente BOLSONARO...estamos e estaremos juntos até a última gota de suor e sangue... AVANTE PRESIDENTE BOLSONARO,AVANTE PÁTRIA AMADA ... BOLSONARO REELEITO !!!
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