Vice-líder do PC do B
na Câmara, o deputado federal Márcio Jerry afirmou, nesta quinta-feira, que
defende a transformação do auxílio emergencial em programa permanente “para
garantir renda mínima aos que mais precisam de proteção social” no Brasil.
O debate sobre a
ampliação do benefício criado durante a pandemia para trabalhadores informais
vem ganhando força entre as lideranças dos setores progressistas.
A extensão do auxílio
também é tema de pesquisas acadêmicas. Economistas da Universidade Federal de
Minas Gerais apresentaram estudo técnico detalhando que a prorrogação do
benefício siga até o fim do ano, por exemplo. E que pode devolver à União cerca
de 45 % dos valores pagos às famílias, uma vez que o dinheiro acaba sendo
utilizado na compra de bens e serviços, movimenta a economia e gera arrecadação
de impostos.
Em entrevista ao jornal
O Estado de São Paulo, Débora Freire, uma das autoras do estudo da UFMG, disse
que “muito se fala do custo de manter a política até o fim do ano, mas a gente
precisa pensar no custo líquido. Sem o benefício, a atividade econômica vai
cair mais ainda e aí a gente tem impactos negativos nas contas públicas da
mesma forma”. Para a pesquisadora, além da extensão até dezembro, o ideal seria
também tornar o programa permanente, com foco nos mais pobres e financiado por
alterações no sistema tributário.
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