O Porto do Itaqui segue em rota de crescimento,
apesar da crise mundial provocada pela pandemia de Covid-19, e fecha o primeiro
semestre do ano com 11,7 milhões de toneladas de cargas movimentadas, o que é
7% superior ao mesmo período de 2019. Entre os destaques estão a soja, que teve
alta de 21% no acumulado do ano, com 5,7 milhões de toneladas; e o
fertilizante, carga que atingiu a marca de 1,1 milhão de toneladas e cresceu
51%.
As operações de contêineres, cuja linha regular foi
retomada em fevereiro, vêm se consolidando e crescendo a cada mês, com
operações semanais. Essa movimentação tem garantido o abastecimento de
alimentos, medicamentos, produtos de limpeza e outros, fundamentais para a
manutenção de serviços essenciais em todo o estado, como postos de saúde,
hospitais e supermercados, dentre outros.
“Esses resultados são fruto do trabalho de um
conjunto de cadeias logísticas integradas ao Porto do Itaqui, que se mantiveram
ativas para abastecer os mercados externo e interno. Enfrentamos os desafios
desse momento com atenção à saúde e segurança dos trabalhadores e foco em
produtividade para manter as atividades do Porto do Itaqui, que são essenciais
para o desenvolvimento do Maranhão e de toda a região sob sua influência”,
avalia o presidente do Porto do Itaqui, Ted Lago.
No primeiro semestre foi registrada alta também nas
movimentações de celulose e de carga geral. A celulose exportada pelo Itaqui,
com origem em fábrica instalada em Imperatriz, sul do estado, obteve variação
positiva de 24% em relação ao primeiro semestre do ano passado. O aumento
da carga geral, de mais de 600%, foi alavancado pela importação de peças e
equipamentos para as obras de expansão da termelétrica da Eneva em Santo
Antônio dos Lopes, além de trilhos para obras nas ferrovias Carajás e Norte
Sul; e pela exportação de 25 mil toneladas de tarugos de aço (barras utilizadas
em usinas para laminação), carga 100% maranhense, produzida em
Açailândia.
“São projetos estruturantes que estão em expansão
no estado, o que consolida a importância do Porto do Itaqui para o
desenvolvimento do Maranhão”, afirma o diretor de Operações e Planejamento do
Itaqui, Jailson Luz.
Para o segundo semestre a expectativa é de mais
crescimento, com a entrada em operação da segunda fase do Tegram em agosto, o
que vai elevar a capacidade de movimentação de grãos no Itaqui para 19 milhões
de toneladas/ano. O volume de fertilizante também deve crescer a partir da
inauguração do novo terminal destinado a essa carga, da Companhia Operadora
Portuária do Itaqui (COPI), ainda neste ano. A previsão é saltar de uma
capacidade de 2 milhões para 3,5 milhões de toneladas de importação de
fertilizante por ano. “O importante é que esses projetos no Porto do Itaqui
alavancam outros investimentos em nossa hinterlândia”, completa Luz.
A infraestrutura para granéis líquidos também está
em fase de ampliação no Porto do Itaqui, com os projetos da Ultracargo, Granel
Química e Raízen, além da perspectiva de licitação para arrendamento de mais
quatro áreas para novos terminais, prevista para este segundo semestre. Esse
investimento, de R$ 478,1 milhões da iniciativa privada no porto público do
Maranhão, demonstra a confiança dos investidores privados no trabalho que vem
sendo feito pela EMAP.
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