O Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e
Consumidor do Maranhão (Procon/MA) multou, em mais de R$ 2 milhões, seis
instituições de ensino superior da rede privada, em São Luís. A penalidade foi
estabelecida em decorrência do descumprimento da obrigatoriedade de conceder
descontos nas mensalidades durante a pandemia da Covid-19 e omissão de
informações solicitadas pelo órgão.
Desde maio, o órgão tem verificado o cumprimento da
Lei Estadual nº 11.259/2020, que dispõe sobre a redução proporcional das
mensalidades na rede privada de ensino durante o Plano de Contingência do Novo
Coronavírus no estado.
Segundo a norma, as instituições de ensino
infantil, fundamental, médio e superior da rede privada devem reduzir suas
mensalidades em percentuais que variam de 10% a 30%, no mínimo, conforme
quantitativo de alunos matriculados. Já as escolas técnicas e as pós-graduações
devem reduzir suas mensalidades em percentuais, respectivamente, de no mínimo
20% e 30%, independente do quantitativo de alunos matriculados.
Fiscalizações
Após receber denúncias de que diversas instituições
de ensino não estariam aplicando o desconto nas mensalidades, o Procon/MA
notificou os estabelecimentos para que prestassem esclarecimentos e
procedessem, de forma imediata, com a aplicação da redução proporcional dos
valores das mensalidades, bem como promovessem a realização de ações com o fim
de informar aos contratantes pais e/ou responsáveis as alterações ocorridas.
“O Procon tem apurado denúncias de desrespeito à
legislação vigente com objetivo de garantir o equilíbrio contratual e assegurar
os direitos dos consumidores. Por isso, nos casos em que estamos constatando a
omissão de informações ou descumprimento da obrigatoriedade dos descontos, as
penalidades estão sendo aplicadas”, reforçou a presidente do Procon/MA,
Adaltina Queiroga.
Multa
Dentre as instituições notificadas pelo Procon/MA,
as faculdades CEUMA, Pitágoras, FACAM, Instituto Gianna Beretta de Educação
Superior, FACEM – IMEC e Faculdade de Ensino Internacional do Maranhão – ISL
Wyden foram penalizadas por descumprimento da redução proporcional das
mensalidades e omissão de informações e documentos solicitados pelo órgão,
descumprindo as notificações.
As multas variaram de R$ 267.326,73 (duzentos e
sessenta e sete mil trezentos e vinte e seis reais e setenta e três centavos) a
R$ 403.689,32 (quatrocentos e três mil seiscentos e oitenta e nove reais e
trinta e dois centavos).
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