O deputado Léo
Motta (PSL-MG) apresentou representação à Mesa da Câmara para que seja
encaminhado ao Conselho de Ética pedido de perda de mandato da deputada Flordelis (PSD-RJ) por quebra de decoro parlamentar. A deputada é apontada
pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como mandante do
assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, morto com mais de trinta
tiros em julho do ano passado.
"Diante da avalanche de provas
contra a Deputada Flordelis, fica evidente que a parlamentar não tem condições
de permanecer no cargo para o qual foi eleita, tampouco exercer os papéis
inerentes à vida política", justifica Motta.
A denúncia aponta que a deputada
arquitetou a morte do marido, além de ter arregimentado, incentivado e
convencido os filhos a participarem do crime. Flordelis foi suspensa pelo
partido, após a prisão dos filhos e neta. Ela não pôde ser presa por causa da
imunidade parlamentar.
De acordo com a representação, a deputada Flordelis " sempre procurou
passar uma imagem de mulher cristã, comprometida com a vocação de adotar filhos
e preocupada com a família, enquanto ao mesmo tempo, tinha uma postura que, a
serem comprovadas as denúncias do inquérito policial, denota um coração
perverso e inclinado ao crime, o que, por si só, se constitui em quebra do
decoro parlamentar".
Na segunda-feira, o presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) indicou que os procedimentos que
serão adotados ainda serão estudados.
— Se o Judiciário pedir o
afastamento, vamos decidir. Em relação ao processo, tenho que analisar para que
a Câmara avalie que providências tomar — disse Maia.
Caso o pedido seja analisado pelo
Conselho de Ética, se houver decisão do colegiado pela cassação do mandato da
deputada, o plenário ainda precisa referendar a decisão.
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