Na abertura da
Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira (22), o
presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) afirmou que seu governo tomou várias medidas econômicas que “evitaram
o mal maior” durante a crise do coronavírus.
Entre elas, segundo ele, sua equipe concedeu auxílio emergencial de
aproximadamente U$ 1000.
“Nosso governo, de forma arrojada, implementou várias medidas econômicas
que evitaram o mal maior: concedeu auxílio emergencial em parcelas que somam
aproximadamente 1000 dólares para 65 milhões de pessoas, o maior programa de
assistência aos mais pobres no Brasil e talvez um dos maiores do mundo”, disse.
Pela cotação atual, o valor de R$ 600 pago no auxílio nos primeiros
meses da pandemia equivale a cerca de U$ 110. Se comparados às parcelas que
serão pagas até o final do ano, de R$ 300, o valor equivale a U$ 55. Ou seja,
mesmo somando todas as parcelas, o valor não chega aos U$ 1000 anunciados pelo
presidente.
Não é a primeira vez que Bolsonaro se apoia no discurso do auxílio
emergencial para falar bem de sua própria gestão durante a crise sanitária. No
entanto, sua própria equipe previa um benefício muito menor do que as parcelas
pagas pelo governo.
Em março deste ano, o debate no Congresso sobre o valor que seria
disponibilizado aos trabalhadores informais e de baixa-renda que deixaram de
trabalhar por conta da pandemia foi marcado por discordâncias.
De um lado, a equipe econômica
bolsonarista previa o benefício de R$ 200 mensais para
inscritos no CadÚnico (Cadastro Único) e ainda excluía os beneficiários do
Bolsa Família. De outro, parlamentares da oposição pressionavam o presidente
para que o auxílio fosse de, no mínimo, R$ 600.
Hoje (22), no mesmo discurso gravado, Bolsonaro ainda disse que defende
a democracia e os direitos humanos, atacou e acusou a imprensa de disseminar
“medo”, culpou "o caboclo
e o índio", como ele mesmo disse, pelo recorde queimadas no país,
que chamou de "cristão e
conservador".
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