A “Atenas Brasileira”, prestes a completar 408
anos, ganhou um espaço para homenagear as gerações de poetas e escritores
maranhenses. Localizada na Av. Dom Pedro II, no Centro Histórico de São Luís, a
Praça dos Poetas foi entregue à população e se junta a outros espaços de lazer
e cultura da capital que foram revitalizados. A Praça conta com um mirante
e, no trajeto até ele, são homenageados dez escritores e poetas maranhenses:
Ferreira Gullar, Catulo da Paixão Cearense, Nauro Machado, Sousândrade,
Bandeira Tribuzzi, José Chagas, Gonçalves Dias, Maria Firmina, Dagmar Destêrro
e Lucy Teixeira.
Há, também, um painel rotativo, que a cada mês
celebrará a obra de outros literários. O painel inaugural traz o soneto
Miritiba, do escritor maranhense Humberto de Campos. O espaço tem 1.130 m² e
possui, ainda, quiosques, banheiros públicos e tratamento paisagístico, além de
detalhes arquitetônicos que remontam o colonial e o moderno.
“São Luís é patrimônio da humanidade, do Brasil e
do povo do Maranhão. Nosso patrimônio imaterial destaca a beleza, a força e
pujança da nossa literatura, especialmente a poesia. Convido a todos que
visitem a Praça dos Poetas, que é a celebração dessa memória”, disse o
governador Flávio Dino durante a inauguração virtual da Praça.
Ainda segundo o governador Flávio Dino, a Praça dos
Poetas é também mais um atrativo turístico para a cidade. “Aqui podemos
aproveitar a beleza da vista, de um dos pontos mais conhecidos para contemplar
a nossa natureza e o nosso patrimônio cultural, e agora conhecer também um
pouco mais sobre a poesia do Maranhão”, completou ele.
A obra integra o Programa Nosso Centro, do Governo
do Estado, e faz parte de um amplo programa de requalificação de pontos
históricos da cidade, por meio de ações como o Programa de Revitalização do
Centro Histórico da Prefeitura de São Luís, financiado pelo Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID), e o PAC Cidades Históricas, do Governo
Federal/IPHAN.
História do Local
Até meados do século XX, o espaço da Praça dos
Poetas abrigava um sobrado colonial, vizinho à antiga casa de Ana Jansen. O
sobrado foi demolido e durante algum tempo funcionaram alguns restaurantes que
tinham o privilégio da vista panorâmica para o Rio Anil. Com a saída dos
restaurantes, o lugar permaneceu abandonado, deteriorado pela ação do tempo, e
por último foi ocupado pelo grupo cultural de Tambor de Crioula do Mestre
Amaral.
Nenhum comentário:
Postar um comentário