Robôs e bots do Gabinete do Ódio que atuam nas redes sociais espalham que a vacina chinesa contratada pelo governo de São Paulo produz efeitos colaterais, pode matar e não funciona.
JM
Cunha Santos
Jair
Bolsonaro fez de tudo a seu alcance para que o Brasil não chegasse ao estágio
de estabilidade em que se encontra hoje em relação ao combate ao coronavírus.
Tratou a doença mortal como gripezinha, mentiu sobre a eficácia da cloroquina no
combate ao vírus, estimulou aglomerações na condição de presidente e delas
participou e investiu com violência verbal contra o isolamento social e contra
o uso de máscaras, medidas de combate ao coronavírus defendidas por toda a
comunidade médico-científica mundial. Além disso, na condição de presidente, se
negou a liderar o país no combate à pandemia.
O
que acontece, agora, porém, é muito mais grave. O senhor presidente está
querendo politizar a vacinação contra a covid-19 no Brasil. Tanto que o
governador de São Paulo, João Dória e outros avaliam formar um consórcio de
estados para garantir a distribuição da vacina CoronaVac, caso o Governo
Federal resista a fornecer o imunizante através do SUS, conforme publicou a
coluna Radar, da revista Veja.
A
lentidão do Ministério da Saúde em formalizar acordos de distribuição dessa
vacina, que é a primeira a chegar nessa etapa e cuja fase de testes termina no
próximo dia 15, levanta nos governadores a suspeita de que o senhor ministro
Eduardo Pazuello estaria atuando em nome de Bolsonaro para estimular entre os
estados uma luta política pela vacina.
Segundo
ainda a revista Veja, um governador disse: “Se Bolsonaro acha que transformará
a vacina em uma guerra política está enganado. Se o governo não fornecer a
vacina pelo SUS aos estados, nós o faremos. Não vamos deixar a população sem
vacina por questões políticas”.
O
governo de São Paulo lidera estudos com a potencial vacina produzida pela
empresa chinesa Sinovac Biotech, parceria que já recebeu críticas de Jair
Bolsonaro. Por outro lado, o Ministério da Saúde firmou parceria para compra e
posterior produção local da vacina desenvolvida pelo laboratório britânico AstraZeneca.
O presidente diz que essa vacina é diferente “daquela outra” que não vem
tecnologia. Mas é mentira. A parceria para aquisição da vacina chinesa prevê
sim a transferência de tecnologia. Sem contar que os acordos assinados pelo
Brasil com a britânica AstraZeneca são, no mínimo estranhos. Para começo de
assunto, se a vacina não der resultado, não haverá reembolso dos R$ 300 milhões
pagos pelo governo. Além disso, ficou a cargo da empresa determinar quando
acaba a pandemia no Brasil, conforme requerimento do deputado Alexandre Padilha
(PT) que exige acesso a todos os acordos entre o governo e a multinacional.
Ataque nas redes sociais
Para
além da lentidão do Ministério da Saúde no trato de uma questão que é crucial
para a salvação das vidas de muitos brasileiros, a tentativa de provocar uma
guerra política que pode atrasar a vacinação contra a covid-19 em muitos
estados do país, se faz sentir em mais uma atuação criminosa dos robôs do
Gabinete do Ódio nas redes sociais.
O
governador de São Paulo, João Dória, já sentiu essa atuação na pele e reclamou.
“Lamento profundamente ações de extremistas que utilizam as redes sociais e
difundem informações falsas, mentirosas, agressivas e temerosas à população do
Brasil, dizendo que a vacina (chinesa) produz efeitos colaterais, pode matar ou
que não funciona”, disse o governador.
Assim
é o governo de Jair Bolsonaro. Apoia ele,
Braide.
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