JM Cunha Santos
“Esquerdopata
desgraçado, mentiroso, filho da puta, bêbado, verme inútil”. Esses foram apenas
alguns dos insultos cometidos contra o titular deste Blog, depois que reproduzi
a asquerosa frase de Jair Bolsonaro, a mais terrível manifestação racista de
que tive conhecimento nestes dois últimos séculos: “Fui num quilombo. O
afrodescendente mais leve que tinha lá pesava 15 arrobas. Não fazem nada. Acho
que não serve mais nem para procriar”. Arroba, se não sabem, é uma medida usada
para pesar gado, inclusive gado suíno, porcos. E negros não são animais
reprodutores, como bois e bodes, conforme deixa no ar a frase do presidente.
Disseram
que eu menti, mas essa frase, assim como a que promete distribuir fuzis e armas
para fazendeiros contra os índios, foi dita durante palestra de Jair Bolsonaro,
em uma comunidade judaica do Rio de Janeiro, a Hebraica, e noticiada por toda a
imprensa nacional. Se alguém duvida de que falo a verdade, é só acessar a
imprensa na data de 5 de abril de 2017.
Em
tempo: nessa mesma palestra, Bolsonaro prometeu uma arma de fogo em cada lar
brasileiro. Já aumentou para quatro. Quatro armas de fogo em cada residência. E
eu apenas me pergunto o que tal criatura pretende que aconteça neste país.
O
baixo nível das injúrias contra mim pode significar que um braço do Gabinete do
Ódio ainda se mantém ativo no Maranhão, apesar dos processos na Justiça contra
empresários, hackers, blogueiros e os Bolsonaros filhos do presidente. Talvez
fosse melhor que o Ministério Público e a Polícia Federal investigassem essa
possibilidade.
Mas
houve insultos mais lights. O senador Roberto Rocha escreveu: “Infelizmente no
Maranhão tem pouquíssimos jornalistas e muitos assessores de imprensa. Apesar
de reconhecermos a capacidade profissional deste jornalista, não podemos deixar
de admitir que ele atua como mais um assessor de imprensa.
Nada
contra, se ele depende disso para comer e beber”.
Eu
apenas respondi a ele: Pois é, digno senador...os jornalistas viram assessores
de imprensa porque tem dono de veículo de comunicação que bebe tanto que
esquece de pagar os funcionários.
Quanto
à vinculação de Eduardo Braide com o presidente, ele é do Podemos, o principal
partido da base de sustentação hoje de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional e,
como parlamentar, votou a favor de cerca de 60 % das matérias de interesse do
Governo Federal.
Reitero
aqui que jamais menti na imprensa e não vou começar agora. Do fundo do meu
coração, eu até gostaria de não mais me envolver em batalhas políticas, que é
toda uma vida em luta contra o poder, mas isso em que estão querendo
transformar o meu país eu não posso assistir calado, seria indigno comigo, com
minha mãe insultada na internet por bolsonaristas e com minha profissão.
É
muito ódio o que vem de vocês. E o amor, conforme me ensinou um grande amigo, é
matéria. Matéria que se move e luta para construir um melhor mundo e um ser
humano melhor.
Chega
de ódio, chega de racismo, chega de gente armada, pensem um pouco em Deus!
Nenhum comentário:
Postar um comentário