sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Decrete-se, pois, que, no Maranhão, Jair Bolsonaro é presidente da República somente de Eduardo Braide e Roberto Rocha

E que aproveitem os senhores deputados para criar também o “Dia Estadual da Cola Guaraná Jesus - um sonho cor de rosa que deu início à queda de um presidente racista e homofóbico no Brasil”.

JM Cunha Santos


Um ser minúsculo, tacanho, racista, homofóbico, misógino, xenófobo e animador de torturas, Jair Bolsonaro veio ao Maranhão destilar o ódio incomum que habita sua placenta, fazer mais uma de suas piadas grotescas, afirmando que quem toma o refrigerante cor de rosa do Maranhão vira boiola, igual aos maranhenses.

Este senhor Jair Bolsonaro é a coisa mais lamentável que poderia acontecer a qualquer país. Uma vez ele disse à deputada Maria do Rosário que ela não serve nem para ser estuprada porque é muito feia, coisa impensável de qualquer ser humano dizer para uma mulher.

Mas este senhor, que virou presidente da República Federativa do Brasil, continua agindo, por onde passa, como se fosse o gerente de um bordel de quinta categoria ou o chefe de uma milícia de depravados de aluguel e não o presidente do maior e mais poderoso país da América do Sul.

Veio, infelizmente, acompanhado de um representante do povo maranhense na Câmara Alta do país, o senador Roberto Rocha, enquanto Eduardo Braide, candidato dos dois a prefeito de São Luís, se escondeu mais uma vez.

Também estiveram presentes presidentes de alguns partidos políticos que foram lá para a inauguração de nada, somente para serem chamados de “boiolas” publicamente em mais um escárnio homofóbico do nazista contra o povo nordestino.

O ódio em Bolsonaro é tanto que, se pudesse, extinguiria, por decreto, a raça negra, os homossexuais, os nordestinos e os índios do Brasil. Decrete-se, pois, se possível em documento de repúdio votado em nossa Assembleia Legislativa, que no Maranhão, Jair Bolsonaro é presidente da República somente de Eduardo Braide e Roberto Rocha. E que aproveitem também os senhores deputados para criar o “Dia Estadual da Cola Guaraná Jesus - um sonho cor de rosa que deu início à queda de um presidente racista e homofóbico do Brasil”.

E poderemos contar a nossos netos a história de um refrigerante que libertou o Brasil.

No Maranhão não, Jair Bolsonaro. Aqui não há lugar para supremacistas!

Um comentário:

  1. Artigo perfeito. Desses que a gente lê e relê com prazer.

    Uma resposta clara, objetiva e incisiva à hipocrisia e à estupidez do psicopata que governa este país.

    Parabéns ao articulista!!

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