Como imaginar que é honesto um governo com tanta gente acusada de corrupção, principalmente quando o dinheiro público começa a entrar pelo fim da espinha dorsal?
JM
Cunha Santos
A
corrupção de Carlos Bolsonaro, a corrupção de Eduardo Bolsonaro, a corrupção achocolatada
de Flávio Bolsonaro, a corrupção com dinheiro do combate à pandemia de
coronavírus, de Michele Bolsonaro.
A
tudo isso que a imprensa do Brasil inteiro noticia dia e noite, vem se
acrescentar a mais escabrosa notícia de corrupção da história do país, talvez
do mundo: a de que um dos vice-líderes do senhor presidente, o senador Chico
Rodrigues, diante de uma operação da Polícia Federal, escondeu dinheiro da
saúde numa parte que para alguns não é lá muito saudável.
Bolsonaro
disse que acabou com a Lava Jato, mas se quiser mesmo defender seus aliados,
vai ter que acabar com a atividade de polícia no Brasil.
Vamos
começar pelo começo: a polícia da Bahia matou em confronto Adriano de Nóbrega, miliciano
que chefiava um grupo de assassinos profissionais no Rio de Janeiro, também acusado
de fazer parte do esquema de “rachadinhas” de Flávio Bolsonaro. O senador,
durante muito tempo, empregou em seu gabinete a mãe e a mulher do bandido.
Adriano de Nóbrega era suspeito, inclusive, de envolvimento no assassinato da
vereadora Marielle Franco.
Outro
miliciano, Fabrício Queiroz, foi preso pela polícia do Rio de Janeiro, num
sítio onde estava homiziado pelo advogado Frederick Wassef, este, além de
corrupção, também enrolado com seitas satânicas.
Ministros
de Bolsonaro respondem na Justiça por um longo histórico de corrupção. Ricardo
Salles pelo rumoroso caso da APA do Tietê, Onix Lorenzoni, acusado da prática
de Caixa 2, admitiu ter recebido R$ 100 mil de propina e pediu desculpas.
Tem
mais: Paulo Guedes foi alvo da “Operação Greenfield” em virtude de irregularidades
de uma de suas empresas com fundos de pensão patrocinados por estatais, uma “corrupçãozinha”
que teria custado aos cofres públicos R$ 1 bilhão. Marcelo Álvaro Antônio,
ministro do Turismo, responde na Justiça por chefiar o esquema de candidaturas
laranjas de mulheres do PSL, antigo partido de Bolsonaro. É acusado de
falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita e associação criminosa.
Acrescente-se
a isso a origem ignorada de recursos para patrocinar a prática de atos antidemocráticos
(aqueles que pediam intervenção militar no Brasil, volta da ditadura etc.) crime
que envolve empresários e blogueiros diretamente ligados ao Gabinete do Ódio de
Eduardo Bolsonaro, como Allan dos Santos e o deputado Daniel Silveira. E o
financiamento com dinheiro público de uma poderosa rede de milicianos digitais
operada de dentro do Palácio do Planalto.
Poderia
citar aqui ainda outros aliados de primeira hora de Jair Bolsonaro envolvidos
em corrupção, como o pastor Everaldo, o bispo Edir Macedo, a pastora Flordelys,
o prefeito Marcelo Crivella. Mas deixa pra lá que estes Deus mesmo há de punir.
Como
imaginar que é honesto um governo com tanta gente acusada de corrupção, caçada
pela polícia, respondendo inquéritos na Justiça, principalmente quando o
dinheiro público começa a entrar pelo fim da espinha dorsal?
Não
resta dúvidas. O senador Chico Rodrigues é o símbolo perfeito do governo
Bolsonaro.
Apoia ele, Braide!
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