JM Cunha Santos
Ao se pronunciar, ontem, sobre o assassinato do líder quilombola do Charco, Flaviano Pinto Neto, morto em circunstâncias ainda não devidamente esclarecidas, com 7 tiros na cabeça, o deputado Bira do Pindaré denunciou que a pistolagem está de volta ao Maranhão.
deputado Bira do Pindaré |
Bira lembrou que o fazendeiro Manoel Gentil Gomes, preso como mandante do assassinato do quilombola, estava solto em menos de 24 horas após sua prisão. “O que antecede esse crime é uma situação ainda mais criminosa, dos despossuídos da terra e, particularmente, os quilombolas que trabalham e vivem em terras sem titulação, em alguns casos a séculos, como remanescentes de quilombos” afirmou.
O deputado reclamou das ordens judiciais que garantem a propriedade dessas terras para grileiros como Manoel Gentil, decisões, segundo ele, céleres quando são contra o povo. Bira do Pindaré está apresentando requerimento em que solicita do Tribunal de Justiça informações sobre a tramitação do processo em torno da morte de Flaviano Pinto Neto.
No final de seu discurso, Bira do Pindaré criticou o modelo de desenvolvimento rural do Maranhão, no qual donos de terras aparecem do nada, de posse de documentos forjados sabe Deus onde e a população pobre passa a viver na opressão, sendo obrigada a abandonar ou vender suas terras. Registrou, ainda que a pessoa acusada de assassinar Flaviano se chama Josué Sodré Saboia e chefia um grupo de extermínio que já teria executado 16 pessoas. “Isso significa a volta da pistolagem ao Maranhão”, finalizou.
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