sábado, 5 de março de 2011

Sarney não morreu

JM Cunha Santos

Essa não!

Sarney foi ao céu e o irresponsável do São Pedro mandou ele voltar. Para cá, para o meio de nós, como se aqui ele já não tivesse vivido o bastante, bem mais do que parecia possível suportar. É um sádico esse santo, um discípulo pronto e acabado do Marquês de Sade, um oficial avançado de Rafael Videla. Vai ver tá pensando em fazer voltar também Roseana, Jorge Murad, Fernando Sarney, Sarney Filho e Collor de Melo, se é que essa gente morre. Tá doido, ô santo do pau oco? Virou torturador?

E, de volta ao Brasil, como se a nós míseros mortais desse a melhor de todas as notícias, Sarney dispara, assim de chofre, sem nenhum acalanto, sem sequer preparar primeiro o espírito: “eu não morri”. Quanta violência!

Pedante, petulante, arrogante achou que com a leitura inverídica de seu obituário estavam querendo se meter com a vontade de Deus. Mas é virulentamente escarnecedor que lhe tenham rasgado elogios enquanto estava morto, sem que soubessem que estava vivo a cumprir o vaticínio popular: vaso ruim não quebra.

Zombando de todos nós acrescenta ao seu desabusado necrológio que o céu está cheio de moças bonitas e a comida é feita de nuvens azuis adocicadas. Bom, aqui no Maranhão, se continuarem dando sumiço em dinheiro como estão dando agora, muita gente vai acabar comendo nuvens. E não são nuvenzinhas adocicadas não.

Mas o Maranhão inteiro comemora a notícia de que Sarney não morreu. Foi melhor assim. Ele ainda tem muito a fazer por esse Estado. Como trazer para cá catástrofes naturais, bombas atômicas, desastres ecológicos, um tsunami e um furacão de vez em quando para, assim, completar sua grande obra no Maranhão.

2 comentários:

  1. Este aí tem uma dívida muito grande a pagar, vai passar uma eternidade e meia no purgatório até ser despachado para o andar de baixo...

    ResponderExcluir
  2. Sarney sempre com seus palavriado réles, infantis.
    Não é a toa, que é conciderado no mundo, um escritor dos mais medíocre.
    Sarney nunca chegará no céu,se não ficar como alma penada, vagando pela escurida do infinito.
    Não me supreende, se o Diabo quer vê-lo bem longe do inferno.

    ResponderExcluir