JM Cunha Santos
1 – ELLEN ROSE
Não vi se era minha a alma que passava
quando entornou-se o cálice de vinho
mas vi um grito meu, rouco e sozinho
que em torno de Ellen Rose sufocava
a alma que sem dono reclamava
um corpo para a alma em desalinho
e à falta de um sopro de carinho
negando o corpo a alma me tomava
Em Ellen a rosa Rose se arrastava
cheirando a pó de arroz e sal de arminho
de tanto ser-se alma, a alma tropeçava
de tanto ser só corpo era sozinho:
juntada ao corpo a alma se soltava
em longo e louco amor pelo caminho
2 – ALINE
A carne parda em golfos de luz tensa
sacia-se morena entre notícias
qual mártires cansados de sevícias
seu riso obriga a todos que se vença
o amor disparatado de uma imprensa
sedenta nos seus olhos de carícias
e gasto-me a sonhar impudicícias
como se fora ela a minha crença
É a Rosa Separada mais intensa
que Pablo protegeu em sua malícia
é um fado a ser cantado com a perícia
do menestrel que toca em lira pensa
ao ver que sua pele em desavença
é um puro despudor em vã delícia
Muito boa sua poesia. Sua musa deve ser muito satisteifeta por ter alguém que a admira tanto ao seu lado. Parabéns!!!
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