sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Bárbaros sem luz

JM Cunha Santos

O corte de energia de secretarias municipais parece fazer parte de uma irracional vingança do Estado contra o município de São Luís. Não é uma dívida de R$ 10 milhões o que incomoda a milionária Cemar que a governadora Roseana vendeu a preço de banana. Não pode ser. Até porque, segundo a deputada Gardênia Castelo, a Cemar deve R$ 100 milhões ao município.

O que incomoda o rei que a deputada acusa de ser sócio de uma outra, ou seja, da Mirante e da Cemar, é a zona rural asfaltada, a pavimentação chegando aos bairros, os investimentos que a Prefeitura faz em iluminação pública e sinalização, as principais avenidas da cidade recuperadas no limiar das eleições de 2012.

Essa política de terra arrasada que ataca hospitais e constrange o Poder Legislativo com uma CPI individualista, está trazendo prejuízos incalculáveis aos maranhenses. Talvez cansados de retaliar e perseguir funcionários do Estado, cedendo a seus direitos – quando cede - somente depois de muita luta e ameaças, os governantes do Estado tenham decidido se voltar contra os funcionários do município e impedi-los de trabalhar.

Se a Cemar não tivesse tanta energia para majorar impune e constantemente o valor da tarifa elétrica paga pelos trabalhadores; se tanta energia não tivesse para promover cortes e até presentear com apagões o Estado inteiro, especialmente os bairros de São Luís, talvez fosse o caso de deixar essa empresa sem luz.

O corte da energia de órgãos públicos - e, pasmem senhores, até da Secretaria de Saúde - é crime de lesa-pátria, é um atentado contra o bem estar da população. Trata-se de uma decisão tão grotesca e estúpida, tão brutal e cruel que só pode ser entendida como ação de bárbaros invasores que jamais conheceram os limites legais e humanos a que estão sujeitas as civilizações.

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